capítulo cinco

26 2 2
                                    

Antes de começar, quero dizer que essa história foi toda adaptada para a 3° pessoa para uma narração melhor. Eu me sinto muito mais segura assim e não estava gostando de escrever na primeira. O rumo da história não foi alterado, porém algumas coisas foram acrescentadas (detalhes bestinhas, não relevantes na história). Caso prefira reler, fique a vontade! Mas se optar por apenas continuar, não tem problema, tudo continua da mesma forma.

Agora sim, boa leitura! <3

xxx

Papai, mas o senhor não ama a mamãe como eu amo! - Falo convincente, tendo certeza de que meu amor pela mulher à nossa frente era muito maior.

– Não ama não, cabeça! Eu amo sua mamãe muito mais. - Meu pai responde, sorrindo enquanto corre para abraçar Paulina, que apenas sorria.

– Sai, papai! A mamãe é minha. - Digo com lágrimas nos olhos, forçando um choro dolorido, porque era óbvio que esse choro faria meu pai sentir dó.

Cabeça, quando você estiver bem grandão, eu quero ver se a mamãe vai continuar sendo sua. O papai vai ser o único que estará com ela 24h por dia todos os dias.

– Para sempre? - Questiono com os olhos arregalados. O conceito de para sempre nos filmes da Disney é um tempo muito longo.

– Até ficarmos bem velhinhos e irmos desta para o paraíso. - Meu pai responde sorrindo, com o olhar apaixonado para a mamãe e a abraçando de lado, depositando um beijo em sua cabeça.

Quando Christopher acordou na manhã seguinte sentindo o cheiro de café quente e com algumas lambidas no rosto, sabia que o dia seria especialmente incrível. Ao se mudar para seu próprio apartamento em um pequeno bairro nobre de Miami, Velez entregou uma cópia da chave para sua mãe ter acesso a sua casa sempre que quisesse. E era normal acordar em um dia aleatório da semana com a mesa do café da manhã já posta e encontrá-la no sofá da sala assistindo algum programa sobre vestidos de noiva na Discovery.

Dessa vez não foi diferente.

Ao descer as escadas, dona Paulina discutia com alguma mulher na televisão, a acusando de ser brega e dizendo que outro vestido era muito melhor. Era simplesmente icônico ver uma mulher de 56 anos discutindo com uma jovem de 22 em uma tela de televisão (e em outro canto do mundo).

– Bom dia, mamãe! - Chris diz após descer os degraus e se coloca por cima do sofá para depositar um beijo em sua cabeça. - A senhora já comeu?

– Já sim, meu amor! Me desculpe por não esperar, mas acordei com muita fome hoje. - A mais velha responde, mas sem tirar seus olhos da televisão.

– Tudo bem! Eu vou comer e depois vou até o orfanato, a senhora quer alguma coisa da rua?

E com a palavra orfanato a mulher se anima, tirando sua atenção da televisão e virando-se totalmente para seu filho, com os olhos brilhando em pura ansiedade.

– Tem algum problema eu ir com você?

– Claro que não, mamãe! Vai ser legal na verdade, posso te mostrar meu futuro filho.

– Você está bem animado com isso, né? - A mais velha já não prestava mais atenção na televisão, se sentando na mesa junto a seu filho e tomando mais uma xícara de café.

– Eu estou realizando um sonho, né? Acho que agora parece mais real, mas ainda sim parece mentira!? Eu não sei explicar, só é louco o que sinto.

– Eu estou orgulhosa de você, filho! - Paulina diz sorrindo, com os olhos brilhando em lágrimas que ela evita deixar cair.

Red Wires of Destiny - Christopher Velez Onde histórias criam vida. Descubra agora