DEAR DIARY | Remus Lupin

001 | Querido diário... Eu odeio Sirius Black.

— Ah, preciso copiar o exercício de Dorcas — Simmy disse, ao ver Meadowes passar. — Boa sorte resolvendo, Galli — Assim como fez quando chegou, Pocklebom fez o mesmo movimento com os dedos, agora para se despedir.

— É, eu também preciso ir atrás de Regulus... — Melinoe comentou, ainda andando. — Mas essa situação é mais importante. Se bem que talvez eu consiga subornar ele a dar umas pancadas em Sirius para não contar nada para Remus — Brincou, sorrindo levemente.

Galli sorriu de volta, feliz por pelo menos ter pessoas que a ajudavam até naquele tipo de situação.

— Obrigada. Seria eficaz, mas acho que quem deveria dar uma pancada de chantagem nele sou eu. E não se preocupe, pode ir atrás dele. Eu também fiquei de ouvir um poema de Pandora. 

— Certo, certo. Até mais, Galli — Melinoe foi andando, logo depois se perdendo no meio de alguns alunos da grifinória.

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ALGUMAS HORAS DEPOIS, Galithea finalmente estava no lugar que planejava ir desde o começo. Encostada em uma árvore rabiscando. Ela adiou um pouco, indo conversar com Pandora Wesia e também cochilando um pouco em sua comunal. Mas, agora estava ali. E nada mais importava.

Enquanto completava o desenho de uma borboleta, ela tentava deixar sua mente vazia. Esquecendo totalmente de todas as situações de sua vida naquele momento. Principalmente a do diário, que lhe fazia querer bater a cabeça contra uma parede inúmeras vezes só de lembrar.

— Seu lápis vai ficar sem ponta.

— É, eu sei. Mas trouxe um apontador — ela respondeu, distraída. Gostava de levar um lápis do mundo trouxa, já que era mais prático para ela do que uma pena. Para desenhar, pelo menos.

Ao se tocar, ela automaticamente virou a cabeça para o lado, vendo James Potter parado ao seu lado, contemplando o desenho. Um sorriso na face quando percebeu que ela notou ele ali.

— Oi, Galithea.

Ela fechou os olhos com força, torcendo para que ele tivesse procurado ela apenas resposta de algum exercício. Mesmo que tivesse quase cem por cento de certeza de que não seria isso, James Potter era taxado como um aluno brilhante. E era mesmo.

Respirou fundo, se preparando para o que fosse vir: — James. Oi.

— Uhm... Desenho bonito! — Ele disse, balançando a cabeça. Parecia meio nervoso. Mexia nos óculos várias vezes. Galli imaginou que nada bom sairia dali.

— Obrigada.

Ambos não falaram nada por alguns segundos. Alguns segundos bem vergonhosos.

— É, então, posso ajudar? — Ela resolveu ir direto ao ponto.

— Eu só vim te perguntar algo.

"Droga." Foi o que ela pensou. Mas balançou a cabeça, indicando para ele fazer a pergunta.

— Certo, veja, eu ouvi algo. De alguém. Anônimo. — disse, casualmente. — E essa pessoa me informou que acha que você tem interesse em Lupin.

Galithea gelou. Pensou em inúmeras maneiras de sair daquela situação. Mas a mais eficaz pareceu ser fingir a confusa, talvez ele desistisse do que fosse falar.

— Lupin...?

Claro que ela sabia a quem ele se referia. Foram seis anos em uma pequena paixonite, claro que ela tinha algumas informações sobre o tal. E, aliás, Remus tinha uma reputação em Hogwarts. Fosse de ótimo aluno ou os sussurros e cochichos de "de onde saíram todas aquelas cicatrizes?"

— Remus.

E ela já quis bater a cabeça contra a parede inúmeras vezes.

— Ah... Entendi. Hm... Não, não, a informação de sua fonte é falsa — Sabia exatamente quem era a fonte, e desejou ter aceitado a oferta de Melinoe mais cedo.

— Oh! Que pena. Quero desencalhar meus amigos, sabia? Quando eu estiver com Lily, eles estarão apenas observando, coitados — O Potter falou, com convicção. Galli quase riu do 'quando eu estiver com Lily'. Ela tinha escutados outras coisas da Evans. Mesmo que, do primeiro ano para lá, a ruiva tivesse mudado bastante sua opinião sobre James.

— Acho que não poderei te ajudar nisso, James — Galli mentiu, pegando seus materiais de desenho. — Até logo — então, saiu. Com apenas um desejo em sua mente:

Matar Sirius Black.

Alguns passos dados, e ela pode ouvir James murmurar um "Sabia que ele estava exagerando" Mas não esperou para ouvir se ele falaria algo mais. Apenas foi para a comunal. Pretendia passar o resto do dia por lá, e esperava que a notícia tivesse parado apenas em James.

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SENTADA EM SUA CAMA, Com ambos diário e pena em suas mãos, Galli, como sempre fazia no fim do dia, terminava o resumo do que havia acontecido naquela data.

"Querido diário... Eu odeio Sirius Black. Nunca achei que essas fossem palavras que eu fosse escrever aqui. Nunca tive nada contra ele, afinal. Pelo contrário! Sirius sempre soou como uma pessoa muito descolada. Mas hoje, o ver com meu diário na mão, lendo sobre Remus, me fez repensar isso. Céus, ele viu! Ele leu! Ele sabe! Agora tudo que preciso fazer é torcer. Torcer para que Remus não descubra. Não por ele. Quando ele descobrir, será por mim.

Até amanhã!
Galithea, 1977."