— O que estão jogando?
— Essa música tá acabando com o clima de natal — disse Mary
— COMO VOCÊ OUSA?! — berrou Sirius praticamente pulando da cadeira. Mary mostrou o dedo do meio pra ele. — ISSO É UM DESRESPEITO! VOCÊ ESTÁ ACABANDO COM O CLIMA.
Harry gargalhou junto aos adultos, a música era uma do Queen - a quem Sirius passou três horas explicando a história deles -, Marlene trocou a música no rádio trouxa rindo do jeito de Sirius. Ainda tocava Queen, mas era uma relativamente mais animada:
— Vamos colocar um pagode logo? — perguntou Remus embaralhando o baralho.
— Posso jogar? — perguntou Harry.
— É truco, Harry — disse Remus.
— Eu sei jogar, Remus — respondeu desgrudando o rosto do ombro da mãe.
— Claro que pode, Halzy. Dorcas, você entra? — disse Remus. Dorcas assentiu virando a latinha azul de cerveja.
Harry levantou para ajeitar a cadeira.
— Posso embaralhar?
Harry sabia jogar pois Tio Valter havia ensinado Duda, dizia que era o tipo de jogo que todo homem deveria saber. Desde então, Duda passou a jogar com os alunos mais velhos e apostar com eles. Quando não tinha com quem jogar, ele forçava Harry a disputar com ele, roubando na cara dura e entregando cartas péssimas para Harry.
Em questão a jogos com cartas, esse era definitivamente o único que tinha certeza que sabia, Ron era bom com xadrez, Harry era bom com truco e Hermione era boa em perder nas duas modalidades e ficar irritada porque sabia que eles estavam roubando mas não sabia suficientemente para provar.
Bebeu um gole de refrigerante - porque depois de gritar duas rodadas inteiras porque Dorcas jogou um dois em cima de uma manilha ele havia ficado com sede -, jogou uns amendoins na boca e se balançou conforme a música mexia.
Seu corpo estava leve, a música parecia estar distante e as vozes estavam misturadas, era uma sensação engraçada que fazia crescerem borboletas em seu estômago, lhe dava um pouco de cócegas e lhe fazia sorrir. Harry respirou fundo, seja qual eram essas sensações, ele se sentia em casa.
O relógio bateu as dez e meia da noite, quando ele se migraram para fora, Harry carregava duas vasilhas com carnes para levar para a churrasqueira lá fora. Ajudou Mary e Marlene a montar a mesa enquanto berravam o refrão de uma das músicas dos Beatles.
Sua mãe estava sentada em cima do balcão conversando com Dorcas e Remus que estava cuidando da churrasqueira. Sirius e Mary o arrastaram para pegar piscas-piscas pra colocar nas cercas pra ficar mais natalino.
James lhe deu um pedacinho de carne escondido como se estivesse traficando drogas. E depois o puxou para dançarem na neve junto com Mary e Marlene. Sentiu uma coisa gelada tocar seu rosto e olhou incrédulo para Mary, enquanto ela gargalhava. Se abaixou rapidamente e fez uma bolinha com as mãos antes de atirar nela.
Minutos depois, James, Sirius e Mary estavam jogados na neve gelada. Marlene olhou orgulhosa para Harry e estendeu a mão para ele bater:
— A gente é foda, Harry.
Harry gargalhou.
Fogos de artifício coloridos começaram a estourar no céu, brilhando lindamente formando desenhos lindinhos, por alguns longos minutos. Harry se jogou em cima do pai, abraçando ele fortemente e beijando sua bochecha:
— Feliz natal, papai.
James se afastou levemente para olhar o rosto do filho, sentiu seu olhos começarem a ficar úmidos, os fogos ainda brilhavam no céu, todos gritavam e comemoravam o natal com abraços, mas aquilo era apenas deles. Um momento eternizado.
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𝐂𝐚𝐫𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚. - 𝐌𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨𝐬.
FanfictionE se o casal Potter estivesse vivo? E se eles nunca tivessem morrido? Posição: 24/10/2021 - #4 em marymacdonald. 24/10/2021 - #33 em wolfstar. 25/10/2021 - #29 em wolfstar. 25/10/2021 - #16 em dorlene. 25/10/2021 - #32 em wolfstar. 29/10/2021 - #16...
Pra não chegar tão tarde em casa
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