Capítulo XXVII - Spielberg's and Kubrick's

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- É eu amo você. E eu estou perdido - dou um sorriso, enquanto encaro seus olhos. Não sei como agradecer a essa mulher pelo simples fato de sua existência - Obrigada por cuidar dos Weasley's para mim. - ela comprime um riso entre os lábios.

- Foi uma das melhores escolhas que já tomei. - seu sorriso desaparece em seguida, quando ela parece ter uma nova constatação. - E se eles me odiarem por isso? - ela se refere ao plano que custou meses de mentiras à eles.

- Eles saberão que você não fez por mal. Eu prometo. - olho intensamente para seus olhos, até que ela balance a cabeça concordando.

- Você ainda não me respondeu sobre isso. - digo indicando meus pés que afundam sobre a neve.

- Seu poder é diferente, Fred. - ela diz simples. - Quer dizer, James e Peter já libertaram uma parte de Hiraeth. Mas eles ainda estão afundados em mentiras e confusão. Você não.
Você sabe da sua verdade, e sabe o quê quer. Você não tem medo de se ferir por quem ama, e está disposto a abraçar as consequências de suas escolhas. Você é minha salvação. - ela pensa um pouco. - Bom, uns 50% dela.

- Eles não? - pergunto com uma dúvida genuína. Pois em nenhum universo possível imaginaria que meu poder poderia se igualar ao de bruxos tão poderosos como eles.

- Eles não sabem o quê fazem. Não sabem se devem ou não confiar um no outro. Ou em qualquer um que habite aquela casa. Você não tem problema com isso. - ela suspira. - Fora que você é um bruxo extremamente poderoso agora.

- Como assim? - pergunto pela hesitação que passa por seus olhos.

- Pimeys... - ela fala com um nó descendo por sua garganta. - Ele nem tem noção do quê fez ao ceifar sua vida antes de sua hora, por pura luxúria. A Lei não o permite. A magia que nos cerca faz com que nossas más ações se voltem contra nós...

- O quê isso realmente significa?

- Que você Fred Weasley - ela sussurra perto do meu rosto. - Você é o único bruxo de todo o universo com poder suficiente de matar a morte. - sua fala faz meu corpo se enrijecer.

- Não se assuste. É melhor do quê parece ser. - ela dá um sorriso gentil, enquanto se direciona para meus lábios, deixando um beijo singelo sobre eles.
Solto um suspiro demorado. Já disse que amo essa mulher?

- Senti sua falta. - digo a ela.

- Foram meses infernais. - ela diz aspirando fundo, como se estivesse ansiando por aquilo há muito tempo.

De repente seu rosto se vira em espanto para o topo da colina. Ela me olha assustada.
- Me leve para a casa, por favor. - me pede.

Não espero que sua fala se demore para que eu aparate na frente da casa de madeira.

Agora posso ouvir gritos nervosos saindo dali.
Áurea se dirige rapidamente até a porta. Ela parece ignorar toda a dor e limitação de seu corpo causados pelos ferimentos.
       
Assim que ela abre a porta vejo seu corpo se abaixar, enquanto uma esfera de magia passa por cima de sua cabeça.
Foi muito rápido a situação inteira, mas consegui me desviar a tempo daquela magia que só Merlin sabe o quê continha em seu núcleo.

Meus olhos se arregalam enquanto Áurea me encara para conferir se estou bem.

Adentramos a casa e conseguimos ter o vislumbre de toda a confusão.

Regulus que disparou a magia. Mais precisamente contra a Potter. Ou melhor, Evans.

Snape tenta o segurar enquanto ele grita na direção dela. Sinceramente não quero reproduzir os palavreados que estão saindo de sua boca.
Merlin! Que orgulho do meu garoto!

Hiraeth - The Comeback Where stories live. Discover now