.Capítulo Único

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Mais um dia se iniciava e eu não estava nem um pouco empolgada, Jake não falou comigo a manhã inteira e mal consegui descifrar a merda da senha do celular da Hannah, o que adianta ela ter um número favorito e não usar??, Da ódio só de pensar nisso.

Sinceramente, meio chateada com meus próprios pensamentos, saio do meu quarto indo até a cozinha já pegando os ingredientes que ia usar e colocava meu celular na bancada com uma playlist aleatória que vi.

Estava bem tranquila na cozinha, preparando algo para comer enquanto uma música ao fundo soava tranquilamente, até a campainha tocar do nada. Olhei para a porta meio confusa, não esperava ninguém e ninguém me mandou mensagem dizendo que vinha.

Pego meu celular procurando alguma mensagem ou algo que dizia vir a minha casa hoje, enquanto a campainha soava mais duas vezes, a pessoa do outro lado me parecia um pouco nervosa, não sei se é porque eu estou enrolando ou se é porque está impaciente com algo, acho que devo considerar as duas opções escutando mais uma vez a campainha soar.

Saio de trás do balcão deixando o celular na mesa e vou em direção a porta olhando pelo olho mágico, não vendo ninguém. Por um momento pensei em não abrir a porta por pensar ser uma brincadeira de alguma criança do apartamento, mas, logo meu pensamento se vai ao escutar novamente a campainha soar e logo, pego minhas chaves e abro a porta, me deparando com um homem sentado no chão olhando para mim.

— Demorou demais. Não devia abrir a porta para estranhos. – Diz o Homem, coberto de razão e eu estava lá, pedrificada naquele olhar, era tão... Uau.

— Assim... Quem é você e o que estava fazendo apertando minha campainha duas horas da tarde?? – Pergunto rapidamente sem tirar meus olhos de tal beleza que eu via no olhar do moço, era tão, aaaaaaaa.

— Normalmente você me chama pelo meu nome, mas atendo pelo governo por, "O Hacker maldito que roubou dados importantes da Casa Branca". – Diz o desgraçado abrindo um maldito sorriso de lado.

O choque foi tão grande ao ouvir falar, que minhas pernas simplesmente dormiram e eu desabei no chão o olhando de boca aberta, e instantaneamente começo a lacremejar olhando melhor o homem, ou melhor, Jake.

Não sabia o que falar, minha boca parecia ter colado naquele momento e da minha garganta só saia murmúrios sem sentido. Jake ao ver meu choque, imediatamente vem ao meu encontro me segurando.

— Ei ei ei, eu não imaginei que quando você me visse ia entrar em coma, sou tão feio assim?? – Fala tocando com uma de suas mãos em seu rosto, com uma barba que provavelmente fez a pouco tempo e olheiras de anos.

— Jake?... – Finalmente falo algo e consigo mexer meu corpo a ponto de me jogar contra ele, o abraçando com força, ainda sem saber o que fazer.

— Oi... – Fala passando seus braços contra mim tranquilamente, parece que ensaiou isso por um bom tempo.

— Você... Você está aqui mesmo??? É uma ilusão ou algo do tipo??? Esse 3D tá muito realista não gostei. – Atropelava minhas palavras enquanto me afastava um pouco de Jake, e passava minhas mãos pelo seu rosto e ombros ainda sem acreditar, que o homem que eu tanto esperei ver, estava ali, na minha frente agachado e ainda me abraçando.

— 3D realista ainda não foi inventado, mas se quiser eu posso ver o que eu posso fazer para tornar isso real. – olhava fundo dentro dos meus olhos, meu fôlego simplesmente desapareceu e minha cabeça virou um papel em branco, minha única ação foi me jogar nele novamente, o-beijando.

O mesmo retribue e logo o beijo que antes havia começado totalmente desajeitado, agr estava em sintonia, indo do desesperado para o suave, me dando alívio ao perceber que era sim real e ele estava sim na minha frente, e ainda por cima estava me beijando, e aos poucos o beijo foi se tornando salgado, graças as lágrimas que saiam de meus olhos. O beijo não demora muito e Jake beija minha testa me puxando novamente para seus braços.

— Não sabia como vir, e muito menos o que eu ia falar quando vir... Acredite, estava mais nervoso do que você. – Passa seus dedos pelo meu cabelo, me causando um estranho sentimento de segurança o que me fazia me aconchegar mais no mesmo, apesar de estarmos jogados no chão entre o apartamento e o corredor. – Finalmente estou com você, minha garota, finalmente estou em casa.

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