Fatal

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~ANTES~

Quando me virei vi um homem, que aparentemente tinha entre 25 e 28 anos, apontando uma arma, 38 semi-automática, pra minha cabeça e por instinto fiz o mesmo.

-"Quem é você?" - perguntei ainda apontando minha arma para sua cabeça

-"Abaixe a arma"- Ele disse ignorando minha pergunta

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~AGORA~

-"Olha moço... eu não estou afim de confusão, só estou procurando suprimentos"- levantei os braços em forma de rendimento.

-"Eu também não quero confusão, estou com meu filho procurando por comida"-

-"Se o senhor quiser eu posso ajuda-los, tenho suprimentos e sou boa em achar comida"-

-"okay, mas qualquer deslize eu mato você, combinado?"-

-"Tudo bem"- falei e coloquei minha arma no suporte-

O Homem (que ainda não sei o nome) deu uns três tapas na parede e de repente um menininho de no máximo seis/sete anos, aparece descendo.

-"Esse é o meu filho, ele se chama Samuel... vem aqui Sam"- falou de um jeito meio agressivo, nervoso talvez.

O garoto foi bem devagar até o pai, até parecia estar com medo, mas vamos pensar... Você vê uma pessoa que não conhece e essa pessoa está cheia de armas, até eu ficaria com medo.

O Homem segurou com força no braço do garoto e disse.

-"FALA oi pra garota Samuel"- falou um pouco nervoso e empurrou o braço do menino.

-"olá" - falou timidamente e passou a mão de leve aonde o pai tinha apertado.

-"Fica com ele enquanto eu vou dar uma olhada nas casas ao redor"- disse e nem esperou minhas resposta e já foi saindo com a arma dele.

Olhei o Samuel e ele estava sentado no sofa passando a mão no braço

-"E Sammy, posso te chamar assim?"- perguntei e me sentei ao seu lado.

-"Sim, pode sim"- falou abaixando a cabeça.

Peguei a minha bolsa e peguei um chocolate.

-"pra você"- estendi o chocolate para ela.

-"Obrigado moça"-

-"Não precisa agradecer, eu nem gosto muito de chocolate "- okay é mentira, eu amo chocolate, mas eu quero fazer amizade com ele- "Pode me chamar de Mad. Quantos anos você tem? ".

-"Eu tenho cinco e você?"-

-"Tenho quatorze... posso te fazer uma pergunta intima?"-

-"Pode"- disse comendo o chocolate que eu tinha lhe dado-

-"Seu pai... ele te trata assim sempre? ele te bate?-

-"Às vezes, ele não é uma pessoa... calma"- respondeu coçando a nuca-

-''Sei como você se sente, mas pode deixar que não vou deixar mais ele fazer isso"- disse e dei uma empurradinha no ombro dele-

-"como uma irmã mais velha?"-

-"Sim, como uma irmã mais velha"- dei uma risadinha- "pode adicionar James no seu sobrenome"-

~UMAS SEMANA DEPOIS~

Estávamos andando há dois dias e hoje de manhã aconteceu um pequeno "acidente", nós estávamos na floresta, descansando e Sammy estava brincando só que ele se afastou um pouco e uns zumbis (exatamente sete) foram atrás dele, então eu e Robert (pai do Sam) fomos matar(?) os zumbis, mas logicamente Rob (apelidinho carinhoso ~sqn~) ficou/está com muita raiva, dá até medo encarar a cara de bravo dele.

-"Mad eu to com medo"- disse o Sam

-"Tá tudo bem Sammy, nada vai acontecer, você confia em mim, não confia?"-

-"Confio"-

-"Então... pode confiar que eu não vou deixar nada acontecer com você"-

Continuamos andando pela estradinha até encontrar uma casa e como estava escurecendo entramos, a residência estava vazia, o que foi muito bom.

Robert estava com fogo nos olhos de tão bravo, ele segurou o braço do Sammy com uma mão e com a outra fechou a mão em forma de punho. Eu não poderia deixar ele bater no Sam, então antes de ele pensar em mover o punho eu entro na frente.

-"Você não vai bater nele"-

-"O filho é MEU e eu bato nele a hora que eu quiser"- disse soltando o braço do Sam e segurando o meu.

-"não na minha frente, bata em mim, mas nele não"-

Robert não falou mais nada, apenas apertou mais o ponho, colocou-o pra trás e me deu um soco, bem no olho esquerdo, com o impacto eu cai sentada no chão, a vontade de chorar é bem grande, mas chorar é pros fracos, por isso engoli o choro e levantei. Depois disso Robert saiu e foi pra outro cômodo.

-"Você está bem?"- falou Sam, que veio até mim e passou suas mãos no meu olho, onde provavelmente está ficando roxo.

-"Vou ficar Sammy"-

-"Você não devia ter entrado na frente"- disse ficando um pouco triste-

-"Mas eu prometi que não iria deixar nada te acontecer e eu já estou acostumada, fica tranquilo, irmãs mais velhas são pra isso né"- disse brincando um pouco-

-"Como assim você já está acostumada?"-

-"Nada de mais, quando era pequena meu pai me batia e eu tinha dois irmãos e geralmente eles apanhavam por mim, mas o passado fica no passado e vamos pensar só no presente"-

-"E onde estão seus irmãos?"-

-"Provavelmente estão mortos, hoje em dia as chances de achar alguém da família vivo é mínima"-

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~DOIS DIAS DEPOIS~

A área do meu eu olho (e um pouco da bochecha) não está mais roxo, está esverdeado, minha pele dói e lateja, mas nada que não seja suportável.

Estamos em uma cidade e logo de cara encontramos uma espécie de mercado, que tinha dois andares.

-"Vocês dois vão pro andar de cima, eu olho o andar de baixo, procurem enlatados e água"- disse antes de entrar.

-"Vem Sammy, o mais longe que ficamos dele, mais feliz nosso dia fica, certo?"-

-"Certo"- disse rindo-

Subimos no segundo andar e começamos a vasculhar as coisas, estranhamente estava vazio, mas tudo bem... Achamos três galões de sete litros, o que é muito bom e ruim ao mesmo tempo, já que vai ser BEM difícil de levar.

-"Sammy, acho que tivemos sorte"- falei rindo-

Estava indo tudo bem até que ouvimos barulhos de tiro, Robert deve ter achado um zumbi certo? Não pois ouvimos pessoas falando no andar de baixo. Olhei pro Sammy e ele olhou pra mim, nós corremos para andar de baixo, quando vimos o corpo de Robert caído no chão com um tiro na cabeça.

Sammy começou a chorar e correu até o corpo, apesar de Robert ser um traste, agressivo e ignorante ele era o pai dele.

Saquei a arma e apontei pros homens, que eram três, um estava com o braço sangrando, outro apontava a arma pra mim e o outro estava me olhando de forma estranha... Espera... Eu o conheço ...

-Rick? ....

Between love and hateWhere stories live. Discover now