Capítulo 31: Em três idiomas

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Engraçada e... estranhamente libertadora. Acho que não tem outra forma de descrever a sensação de romper laços com essa loucura. 

Sirius se levantou e veio até mim quando parou de rir. Eu estava ocupada passando as mãos pela minha roupa, tentando ajeitá-las um pouco, mas fui surpreendida por um par de braços ao redor do meu tronco.

"Algo me diz que vai ficar tudo bem", ouvi a voz de Sirius abafada em meu cabelo.

Retribuí de um jeito estranho, pois a parte de cima dos meus braços estava confinada pelo abraço de Sirius. Coloquei minhas mãos em suas costas, na altura da cintura, puxando-lhe para mais perto de mim cuidadosamente para não machucar suas costelas ainda mais, e deitei minha testa em seu ombro.

Não percebi quando comecei a chorar.

"Eu sinto muito, muito mesmo. Não consegui resistir à Maldição Imperius. Não imagino que você consiga me perdoar por isso, mas–"

"Do que você 'tá falando, Borage?" ele me interrompeu, afastando-me de seu abraço para poder olhar em meus olhos. "Não vai se livrar de mim tão fácil assim."

"Mas–"

"Não foi sua culpa. E você conseguiu resistir."

"Depois que o estrago já estava feito."

"Não houve estrago algum", ele balançou a cabeça desdenhosamente. "Mas não pense que eu vou ignorar a situação com você e Regulus."

"Situação?"

"Ah, para. Eu percebi o clima que rolou entre vocês enquanto cruzavam a floresta."

"Por Merlin", de olhos fechados, levei uma mão à testa. "Não dá pra acreditar no que 'tô ouvindo."

"Quando ia me contar que estava tendo um caso com meu irmão?"

"Ah, Sirius, cala a boca", eu o empurrei no peito para longe, já estava rindo.

"É sério, Borage. Da próxima vez, pede pra eu me virar primeiro, assim fica mais fácil enfiar a faca nas minhas costas."

Revirei os olhos. "Onde estamos?"

"Não sei ainda", ele disse, e pelo seu semblante estava pronto para mais uma piadinha, porém seus olhos acinzentados percorreram as árvores ao nosso redor e ele só então pareceu tomar conta da localização desconhecida. "Acho que... estamos na floresta que fica atrás da aldeia. O Castelo fica ao Norte, mas entre essas árvores, sem ponto de referência, qualquer direção parece o Norte."

"Você não explora essas áreas com o veado, o rato e o lobisomem?"

"Não, aqui não", ele se justifica. "Tem muitas casas por perto. Aluado tem que ficar o mais longe possível de humanos e... Calma, o que você 'tá fazendo?"

"Procurando a Polaris!" exclamei, já distante dele. Procurei entre a densidade de folhas de árvores até encontrar uma brecha que me permitia ver o céu noturno. "Se tem algo que eu lembro das aulas de Astronomia, é do dia em que Avalon chamou Remus pra sair enquanto procurávamos a Estrela do Norte."

Sirius não gosta de admitir que gosta de Astronomia, imagino que esse é interesse comum dos Black, mas é inegável que ele entende bastante do assunto. Com um suspiro e um olhar de derrota, ele juntou-se a mim e encontrou a Polaris em questão de segundos.

Nós andamos floresta adentro seguindo a Polaris até encontrarmos a primeira estrada. Foi necessário todo o conhecimento de Sirius acerca das ruas de Hogsmeade para que encontrássemos um caminho conhecido. Ele se localizou depois de virarmos meia dúzia ruas. A caminhada foi longa, meu corpo implorava a cada dois ou três passos para eu parar. Tive câimbra e quase pude ouvir meus músculos dizendo: se você não parar, eu paro. 

ROYALS • Sirius BlackOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz