❝ ᴡᴇ ᴀʀᴇ ᴀ ꜱᴇᴄʀᴇᴛ, ᴄᴀɴ'ᴛ ʙᴇ ᴇxᴘᴏꜱᴇᴅ ❞
↬ Ter o título de melhor juíza e detetive do estado parecia ser mesmo um sonho, mas as circunstâncias que levaram a tão falada 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐋𝐄𝐓𝐓 𝐉𝐎𝐇𝐀𝐍𝐒𝐒𝐎𝐍 a esse posto não eram exatamente tão boas assim...
⚠️ O capítulo é um 'interrogatório', então preciso deixar um aviso de gatilho aqui. Não posso especificar o quê, pra manter o capítulo sem spoilers. Fiquem atentas, e jápeçodesculpas em antecipação se caso algo afetarvocêsdurante o cap. ⚠️
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North End, Boston 5 de fevereiro, 16h
S C A R L E T T
Quatro dias de recuperação, dois no hospital, dois em casa. Eu já me sentia melhor, na medida do possível, mas até que eu ficasse realmente bem, levaria um tempo. E era mais que óbvio que eu entendia isso. Eu havia ficado inconsciente, perdi sangue e tive um órgão perfurado. Mas era insistente o suficiente para fazer Chris acreditar que eu estava bem.
Precisava finalizar o caso de uma vez, e para isso precisaríamos conversar com Caroline. Mesmo já tendo toda a sua confissão por vídeo, que nem Chris nem eu assistimos, o juiz da corte que seria responsável pelo julgamento pediu que nós dois fôssemos. Eu não poderia ser juíza no seu lugar pois havia presenciado todas as etapas do caso como promotora, e sabia que não conseguiria nem mesmo ir ao julgamento, mas já tinha meus planos para o que fazer.
— Pegou os seus remédios? — O ouço perguntar conforme entro no carro, me acomodando e esperando que ele puxe o cinto, já que eu não podia me mover muito.
— Sim, Chris.
— Quais? — Insiste, me fazendo ouvir o ‘click’ do cinto.
— Amoxicilina e ibuprofeno.
— E quando vai tomar?
— Um as 17h, um as 19h. — Digo, rolando os olhos e vendo o loiro rir.
Ele estava controlando cada um dos remédios que eu tomava, para que eu não esquecesse da hora certa ou que não tomasse um muito próximo do outro e correr o risco de cortar o efeito.
— Ótimo. — Ele diz, e então circula o carro, e torna a falar quando entra do seu lado, puxando o seu cinto. — Ed e Betty estão nos esperando lá. Ela já está na sala de interrogatório.
— Você tem certeza que vai conseguir fazer isso?
— Preciso fazer em algum momento. Que seja logo aqui do que no tribunal.
Apenas assinto em concordância. Quanto mais cedo fizéssemos isso, mais cedo ele teria suas respostas, e mais cedo eu poderia fazer as minha perguntas a ele, sobre o assunto que tanto vínhamos evitando nos últimos dias. Eu não queria uma briga ou “DR”. Apenas precisava esclarecer algo que estava na minha mente.
Ele não demorou até chegar no local, mas dirigiu com extremo cuidado. A cada freio levemente brusco, eu apoiava o braço direito no ferimento por cima do curativo e roupa, impedindo que forçasse demais ou machucasse. Sabendo que Chris engoliria o meu fígado ainda não curado caso eu tivesse alguma lesão ou abrisse os pontos.
