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Flashback.
-Não chora Otto, eu sou seu irmão, eu tô aqui-Raví me abraçou pelo pescoço e encostou a cabeça na minha
-Eu achei que ele ia matar minha mãe-solucei-e eu não fiz nada, nada-as lágrimas desciam sem controle
-Vamos na rua Otto, distrair um pouco-me abraçou e me puxou andando.
Fomos andando e Raví me puxando, falando que não era pra eu chorar.
-Eu quero matar meu pai-chorei-não quero ver ele machucando minha mãe, ele vai acabar matando ela.
-Calma Otto, bora lá na boca falar com o Paraíba-me abraçou.
-Oque tu tá fazendo aqui, não é lugar pros dois-Paraíba falou.
Raví me olhou e Paraíba também, meu corpo estava tremendo. Eu não conseguia falar.
-D2 quase matou a mãe do Otto, Otto quer matar ele-Raví falou e Paraíba deu risada.
Raví ficou parado encarando ele, sem piscar.
-Tá falando sério ?-perguntou-tu vai ter disposição de matar teu pai ? Olha bem tua decisão Otto, tu é uma criança. D2 já vai morrer.
-Ele não é meu pai, eu quero matar ele-falei respirando fundo.
Nando e Dante estavam do lado de fora, Paraíba chamou os dois e eles entraram.
-Nós estamos com tu Otto, faz oque tu precisa-Nando falou-nós somos irmãos.
Paraíba pegou o fuzil e saiu, foi andando dentro de uma viela e nós andamos atrás. Era uma casa só de tijolo, não tinha nem porta.
Ele estava amarrado em uma cadeira, de costas pra onde nós entramos.
Paraíba me entregou uma arma e eu apontei pra ele, lembrando de tudo que ele fez com a minha mãe.
-Tu não esquece que depois de matar a primeira vez isso vai estar sempre contigo, tu vai se tornar criminoso-Paraíba falou-tu é de ouro moleque, pensa bem.
A minha mão estava tremendo, parecia que eu tinha tomado um choque. Escutei uma risada e era D2.
-Meu próprio filho veio me matar ?-gargalhou-golpe baixo, Paraíba ! Atira, vou morrer orgulhoso de ser pai de um homem.
Meu rosto estava molhado de lágrima, Nando colocou a mão no meu ombro e me olhou. Meu corpo estava travado.
-Não tem coragem, moleque ?-deu risada-não tem coragem de sair de uma criança pra ser um homem.
Raví pegou a arma da minha mão e apontou.
-Vira a cadeira, vira ele pra mim-pediu.
-Raví, não faz isso-pedi olhando pra ele, Dante tentou segurar ele.
-D2 não vai mais bater na tua mãe Otto, tu não precisa mais chorar..-vi a lágrima no olho dele. Ele secou e fechou a cara.
-Otto não vai ter coragem ?-D2 me olhou rindo-me mata porra, me mata desgraçado !!
-Ele não vai te matar, eu vou-Raví atirou várias vezes. Fechei os olhos e assustei com o barulho.
-Tu tem a minha admiraçäo eterna-Paraíba pegou na mão do Raví-isso que aconteceu nunca vai sair da minha boca ! E tu, tu é de ouro, esquece nunca-me abraçou.
ESTÁ A LER
Juízo Final. (Livro 3)
Non-Fiction+18I Neurose é contra a fé, só Deus é o sublime, caí na vida errada e te apresento o crime.