Capítulo 21 - I want you for me

1K 125 110
                                    

Você faz meu coração bater mais rápido que a adrenalina

Com um beijo você faz toda a dor do inferno que passei sumir

Você vai me fazer ser melhor que eu já fui

Porque você é meu remédio, sim, você é meu remédio

 MEDICINE, JAMES ARTHUR

— Bom dia, maninha! — Arthur beija a minha bochecha

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— Bom dia, maninha! — Arthur beija a minha bochecha.

Sua animação suspeita me faz erguer as sobrancelhas. O encaro de esguelha enquanto reviro meu armário atrás dos livros que preciso para a primeira aula do dia.

— Está bêbado? — indago, encontrando os dois livros e fechando o armário.

— O que? Claro que não! — Arthur me estende um copo de café, sorrindo com as bochechas rosadas e a expressão radiante. Bizarro. — Toma, trouxe para você — encaro o copo de café antes de pegá-lo, sentindo o calor do liquido envolver minha palma através das luvas pretas.

— Hum... — abraço os livros contra o peito, olhando para o meu irmão postiço. — Está drogado? Que merda você usou, Arthur? Dessa vez o Carlos te mata, seu idiota! — Arthur revira os olhos.

— Eu não usei porra nenhuma, Liz! — ele exclama, ajustando o nó perfeito – perfeito até demais –, de sua gravata. — Não posso mais desejar um bom dia para a minha irmãzinha? Pensei que estivéssemos bem.

— Corta o drama, Arthur — respiro fundo, sabendo que vem problema. — Fala logo o que você quer.

— Não tem drama nenhum. Eu só queria te trazer um café e...

— Arthur!

— Eu acho que estou apaixonado! — ele solta em alto e bom som. — Cacete! Como é bom dizer isso em voz alta! — puxa o cabelo para trás, soltando o ar.

Deixo escapar uma risada. Dou as costas para ele, bebendo um gole do café enquanto sigo meu caminho em direção a sala da Srta. Patrick, professora de álgebra.

Ouço os passos apressados de Arthur atrás de mim.

— Ei, pra onde você está indo?

Dou de ombros.

— Para a aula. Falta dois minutos para começar.

— E não vai dizer nada? — ele só coloca à minha frente, me fazendo parar. — Eu acabei de dizer que estou apaixonado e você vai embora sem dar a mínima?

— O que você quer que eu faça? — pergunto.

Seria burrice dele me pedir conselhos quando não faço a menor ideia do que fazer com os meus próprios sentimentos. Estive pensando bastante sobre isso nos últimos dias, mas não cheguei à conclusão alguma. Por enquanto, vou espremer as porcarias que o maior idiota do século me faz sentir. O chato é que eu ainda não descobri como matar as borboletas que dançam no meu estômago quando ele está perto.

Só Mais Um ClichêWhere stories live. Discover now