6 Inch

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N/A: SIX INCH HEEEEEEEEEEEEELS, SHE WALKED IN THE CLUB LIKE NOBODY'S BUSINESS....... GODDAMN!!!!!! SHE MURDERED E-V-E-R-Y-B-O-D-Y AND I WAS HER WITNESSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!

Hora do show? VAMOS LÁ!Betado pela lindíssima @agatha_lis! <3

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Vazio.

Sentada de forma curvada na tampa do vaso, Sakura estava de olhos fechados e pressionava uma mão contra a própria boca, tentando abafar o barulho de seu choro mesmo não tendo ninguém ali para ouvir. Não era a primeira semana de Mayumi na casa de Kakashi depois que ele se foi, então ela meio que havia se acostumado com o silêncio que a cercava naquele momento, sendo assim, não era por isso que chorava. Não. Ela chorava porque aquela era a primeira vez que realmente se olhava no espelho, desde aquela noite da festa no estúdio, sendo altamente avaliativa e não apenas prática para escovar os dentes ou arrumar o cabelo. Ela chorava porque estava... linda. Ela tinha se arrumado, botado seu melhor vestido, calçado seu mais bonito salto, feito uma maquiagem que realçava seus olhos e sua beleza, havia também hidratado e perfumado sua pele e estava completamente deslumbrante; mas, ao se olhar no espelho, ela sentiu a confiança causada pelo alvoroço do processo de se emperiquitar lentamente se esvair.

Ela era linda, mas isso não foi o suficiente para fazer Kakashi não a trair; ela era linda, mas uma insegurança que nunca teve, e se teve era quando era adolescente e desengonçada, tomava conta de seus poros e a fazia se encolher na própria miséria. Qual era o objetivo? Sair para curtir a noite sozinha — curtir de um jeito que não fazia desde que era solteira, ou seja, coisa que não fazia há muito tempo —, e então comer, beber e flertar com alguém? Ou então só acabar mais deprimida que antes de sair de casa e voltar para o vazio e para a solidão, para ficar remoendo e remoendo o que apenas queria esquecer; superar.

Suspirando de forma embargada e agora olhando de forma semicerrada para o chão, Sakura enredou seus dedos entre os fios de seu cabelo; seu tronco quase tocava seus joelhos. Ela ainda era uma mulher casada. Karin dera três meses para ser oficializado o divórcio, e ali estava ela, morrendo lentamente de ansiedade naquele segundo mês de espera que se iniciava. Porém, o que a classificava como uma mulher casada era apenas a papelada, porque ela deixara de ser uma a meses atrás, quando seu quase-ex-marido começou a traí-la; quando ela o chutou de casa; quando ela pediu o divórcio. Sakura Hatake ainda a assombrava, e foi por isso que ela ainda se escondeu em seu casulo seguro e confortável, falando para si mesma que não podia sair por aí afogando suas mágoas em outros lençóis, porque ela ainda devia respeito para ele — como se esse fosse o único motivo.

Ela não fazia isso por causa de um pedaço de papel? Por que ela ainda era uma Hatake? Em partes. Mas, a principal causa não era essa. Era porque ela ainda o amava? Também. Agora, a verdade realmente absoluta era: porque ele a quebrou de uma forma que, ao se olhar no espelho, ela ainda procurava os motivos da traição, e quando não achou, a insegurança bateu forte. Ela só podia estar perdendo algo; algum detalhe. Ela repetiu isso para si no começo, quando negava a traição; quando tentava encontrar brechas em sua paranoia. Ela repetia isso agora, quando tudo estava claro, esclarecido, acabado. Se o homem que mais dizia amá-la, se o homem que dizia desejá-la loucamente a traiu, o que um homem qualquer, que a olharia em uma noite qualquer em um lugar qualquer, pensaria? Notaria? Que ela não era suficiente? Notaria este provável defeito que ela não identificava, mas que Kakashi sim, e isso o levou a descartá-la?

LemonadeWhere stories live. Discover now