Presente de casamento

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Pov Cristian...
Ela está encima de mim se mechendo e me levando a loucura.
- Deus Ana vai devagar.
- eu não quero isso devagar.
Eu rio....
Depois da minha reunião eu saio afim de almoçar em alguma lanchonete aqui por perto mais levo um susto com meu pai entrando na recepção da Grey.
- pai?
Eu caminho até ele que parece estar bem..
- Cristian! Você está indo almoçar?
- sim! Algum problema?
- não! Posso ir com você?
- sim claro.
Nós caminhamos lado a lado em silêncio até a lanchonete mais próxima! Eu peço um sanduíche e uma coca enquanto ele pede salada e frango
- saudável?
Ele ri.
- sim!
- tá tudo bem? Você nunca foi na Grey!
Ele me encara.
- eu quero te dar umas coisas.
- o que?
- isso...
Ele desliza um papel na minha direção..- eu quero te dar a casa que era da sua mãe.
- você já me deu pai! Hevanrith Amalfi.
- não Cristian não eram nossas casas de férias estou falando da casa em que você nasceu.
Eu o encaro.
- pai!..
- eu não poderia dar ela a outra pessoa! Eu já recebi várias propostas mais nunca consegui me desfazer do lugar! Precisa de uma reforma ou de jogar no chão e fazer outra mais isso é uma escolha sua.
- porque agora?
- por que você vai se casar! Quer criar os filhos que você e Ana vão ter em um apartamento? Aquele terreno é maravilhoso sua mãe era louca por aquele jardim.
Eu suspiro.
- eu não sei se Ana...
- leve ela pra uma visita.
Ele fala ao me entregar as chaves.
- aí vocês decidem! Mais de qualquer forma aquele lugar sempre foi seu! Grace não quis morar lá comigo! E por um lado foi até bom são muitas lembranças! Eu só quis adiantar! Mais o que vocês vão fazer com o lufar é uma escolha de vocês.
- obrigada.
Nossos pratos chegam e comemos em silêncio.
- eu vou voltar pro banco na próxima semana! Meio período.
- Mia me disse.
- eu convidei sua noiva pra trabalhar comigo.
Eu o encaro.
- como?
- eu tenho uns amigos no hospital dizem que o trabalho dela é perfeito e eu preciso de alguém bom com balancetes.
- ela não me disse nada.
- foi Mia quem a convidou!
- por mim ela não vai.
Ele ri
- eu sei. E o jantar de noivado?
- no próximo fim de semana! Por favor não seja imbecil! A família dela é simples mais muito unida..
- eu não sou um monstro Cristian.
- eu sei pai! Só estou pedindo educação e compreensão.
-tudo bem! Dizem que a mãe dela cozinha divinamente..
- sim! Ela é brasileira.
- eu prometo me comportar e levar uns vinhos ótimos.
- obrigada.
Eu caminho com ele até a Grey novamente.
- obrigada pela casa.
- é o meu presente de casamento pra vocês dois! Quero que você seja feliz como eu fui com a sua mãe naquela casa!
- pai eu...
- eu sinto muito Cristian! Pode não parecer pra você mais eu sofri muito quando te mandei pro Canadá! Só que eu não sabia como agir! Sua mãe era tudo que eu tinha e de uma hora pra outra ela não estava mais ali e olhar pra voce era me fazer lembrar dela a cada segundo! Eu sei que eu devia ter deitado você na minha cama e te abraçado! Mais eu não consegui! Eu não quero seu perdão nem que me entenda porque é uma dor minha! Mais eu nunca deixei de te amar!
- eu não sei se consigo te perdoar.
- eu sei que não! Eu tenho que ir ..
Ele sai andando e faz sinal pra um táxi e eu fico parado na calçada apertando a escritura da casa e me lembrando da minha mãe...
- seu pai te deu a casa que era da sua mãe?
- sim! Eu quero ir até lá! Você vai comigo?
- sim claro! Você pega no trabalho?
- estarei aí...
Ela está no meu colo me beijando e acariciando meu cabelo.
- porque não me disse que recebeu convite pra trabalhar no banco do meu pai?
Ela para com as carícias e me encara.
- como você sabe?
- ele me disse hoje.
-foi a Mia quem me convidou mais eu não sei se vou!
- porque você não vem pra Grey?
- você acha que ia dar certo?
- Ana! Você iria trabalhar em outro setor não no meu andar e outra coisa você será minha esposa em pouco tempo!
- eu posso pensar?
- claro que pode
Meu coração parece que vai sair pela boca quando Taylor para no portão e digita o código mais ele está tão enferrujado que basta um empurrão pra ele se abrir.
- é enorme..
Eu suspiro quando desço do carro e a primeira coisa que noto é que a chão está cedendo! Eu dou uma olhada no jardim que está com a grama morta e seca.
- nossa.
Ana está olhando pra casa e eu suspiro.
A casa em que cresci é de apenas um andar! Com varandas ao redor e uma garagem anexa!
- as janelas estão caindo senhor!
Fala Taylor.
- eu vi.
Ana abre a porta de madeira que range e meu coração parece parar de bater! A sala está sem móveis e o chão de madeira clara está soltando e rachado e uma lembrança do piano de mamãe bem enfrente a janela com vista pro lago me bate em cheio. Meu pai tirou todos os móveis daqui e a casa parece um malsoleu. Enquanto Ana e Taylor andam pelos outros cômodos eu abro a porta do quarto de mamãe...
- eu posso tomar sorvete depois almoço?
Mamãe riu e acariciou os meus cabelos.
- eu vou perguntar a Gail se você comeu tudo!
Seu lenço azul na cabeça seu rosto sem sobrancelha sua boca seca e raxada.
- eu comi mãe...
- e a lição de casa?
- a senhorita Katie já deve ter chegado.
Ela ficou fazendo carinho no meu rosto.
- eu amo você meu amor.
- eu também mamãe
Papai chegou e fez cara feia quando me viu no quarto.
- oi papai.
- oi filho! Eu já disse pra você não ficar entrando aqui não disse? A mamãe precisa descansar.
- deixe ele Carry.
Ele deu um beijo na boca de mamãe.
- como passou o dia?
- eu descansei bastante....
Eu suspiro! E fecho os olhos! Foi a última vez que eu vi ela com vida! Era nesse quarto que ela ficava trancada morrendo a cada dia....
- tem mato dentro da piscina.
Ana está encostada na porta me encarando.
- gostou?
Ela ri.
- eu amei!
- sério? Eu posso comprar um terreno fazer algo moderno ou comprar uma cobertura...
Ela se aproxima de mim
- se for difícil pra você ficar aqui eu não me importo de continuar no Escala sei que deve ser difícil de mais ficar aqui mais eu amei o terreno a casa.
- precisa de um reforma Ana! Ou então de jogar no chão e fazer outra! Olha o estado disso.
Ela ri.
- eu gostei.
Eu a beijo.
- então esse será nosso lar.
- tem certeza? E as lembranças?
- algumas são tristes mais a maioria delas são alegres e se eu morar aqui tenho certeza que me sentirei mais perto dela.
- então...
- eu vou contratar alguém pra vir fazer uma visita.

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