Calculista

Cartas na mesa

Pov Cristian...
- sua mãe era uma grande artista e uma mulher linda! Eu sinto muito a falta dela.
Fala tia Leila ao me abraçar.
- obrigada tia.
- onde está sua namorada?
- em casa!
Ela sorri.
- de tempo a ela filho! O nosso sobrenome não é uma coisa fácil de lhe dar.
- eu sei....
Eu estou exausto de tantas conversas idiotas e de tanta bajulação.
- oi filho!
Eu ergo os olhos pro meu pai.
- oi pai! Grace!
Eu me levanto e beijo sua bochecha.
- oi meu bem!
Ela acaricia meu rosto e sorri e as palavras de Ana vem a minha cabeça! Tente ser mais amigável com seu pai nada que ele tenha feito com você pode substituir o valor que ele tem na sua vida você já perdeu a sua mãe! Imagina se perder ele também! E Grace ama você como se você fosse filho dela realmente.
- como você está?
Ele me encara e por um momento olha pra mim!
- bem apesar hoje ser um dia triste.
Eu concordo e sorrio pra Grace.
- dança comigo?
Ela sorri.
- sim...
Enquanto eu levo Grace nos braços eu noto os olhares.
- eu acho que eu bebi de mais hoje!
Eu rio.
- e Mia?
- falei com ela hoje de manhã disse que não quer voltar! Sabe que quando aparecer seu pai vai enfiar ela no banco!
- vou mandar um email dizendo que estou com saudades.
Ela sorri.
- e Ana?
- em casa!
- de tempo ao tempo querido somente ele cura algumas feridas.
Ela olha pra papai e eu franzo a testa.
Eu estou na mesa com tia Leila quando um velho amigo de mamãe se aproxima de mim.
- Cristian filho é muito bom vê-lo.
Eu me levanto.
- senhor Marker .
Ele me estende a mão.
- nossa mais você cresceu!
Eu rio.
- sim senhor um pouco.
- Ella ficaria orgulhosa do homem que você se tornou! E como vão as namoradas?
Eu rio.
- agora eu só tenho uma.
Ele sorri
- me apresente.
- sim senhor eu farei isso.
- bom deixe-me ir pra minha mesa.
Ele sai e eu me sento mais noto papai e Grace em um canto do salão parecendo estar discutindo....
Eu resolvo ir ao banheiro lá de dentro porque seria o cúmulo enfrentar fila para ir ao banheiro na casa em que eu cresci...
Quando volto ouço o barulho de algo se quebrando.
- você não podia estar um pouco contente pela sua filha?
- Grace por favor Mia tem que voltar!
- você não podia cortar os cartões dela Carry como ela vai fazer?
- eu ainda não cortei! Só disse que ela tem até o fim do mês pra voltar!
- você não fez isso com o Cristian! Quando ele saiu de Havard ele ficou um ano fora viajando!
- eu não podia negar isso ao meu filho Grace! Olha tudo que eu já fiz com ele! Ele tinha que ser recompensado de uma outra maneira.
- ahh por favor! O que você devia ter feito com ele é ter sido compreensivo com seu filho! Ele tinha 6 anos quando a mãe se foi e ao invés disso você o jogou naquele internato no Canadá!
- eu não sabia como lhe dar com o Cristian você sabe disso! Eu lhe disse droga!
Ele berra.
- você sabe muito bem pra onde eu corri quando descobrimos a doença dela! Eu corri pra você!
Ele bate na mesa e eu franzo a testa. Que porra é essa?
- Carry você sabe como me arrependo você sabe! Foi por isso que eu dei todo o meu amor pro Cristian e fiz você tirar ele daquele lugar horrível! Dei amor a ele mais ele nunca me considerou como mãe dele.
- ele sempre foi honesto nos sentimentos saiu a Ella.
- ahh por favor pare de falar dela! De paz a alma da infeliz.
- não fale assim dela! Ela sempre foi e sempre será importante pra mim aquela doença maldita a levou!
- Carry aceite! Aceite a morte de Ella por Deus! Refaça seu laço com o Cristian e deixe Mia tomar as rédeas da vida dela!
- o Cristian nunca vai me perdoar pelo que eu fiz! Acho que esse é o preço que eu tenho que pagar por ter corrido pro seus braços quando descobri a doença de Ella.
Eu empurro a porta e os dois saltam quando me vêem.
- Cristian?
Grace parece não crer nos próprios olhos.
- então vocês dois...
- filho por favor se acalma agente não...
- me diga porra!
Eu grito!
- enquanto a minha mãe estava sofrendo naquela cama ou naquela maldita clínica você e você...
Eu me viro pra Grace que está aos prantos...
- vocês dois já estavam juntos?
- você é muito jovem pra entender os meus motivos.
- que motivos pai? Pra que essa idiotice de jantar? Pra que essa palhaçada? Pra aliviar sua consciência? Pelo amor de Deus!
Eu grito.
- minha mãe te amava era carinhosa doce e vocês...
Eu não consigo falar minha garganta fecha.
- Cristian isso não era pra você ouvir eu e seu pai...
- Grace como você pode? Você fingiu gostar de mim! Você nunca me amou fez tudo isso por peso na consciência!
- não querido! Eu nunca fui falsa eu sempre gostei de você.
Ela pega minha mão mais eu dou um passo pra trás.
- e eu feito um idiota preocupado com a sua saúde! Tentando pelo menos conviver bem! Escutando os conselhos da minha namorada.
- filho por favor! Eu te amo!
- você não me ama! Nunca me amou...
Eu começo a andar pra trás e não me atrevo a piscar pra não chorar na frente deles
- Cristian volte aqui! Voltei aqui....
Eu saio correndo pelo corredor até a sala principal e vou pro jardim deixando as lágrimas vencerem....
Taylor está olhando a todo momento pelo retrovisor.
- pra onde senhor?
- pro cemitério!
- ah essa hora?
Eu não me dou ao trabalho de responder..
Eu me sento bem enfrente ao túmulo de mamãe.
- você sabia? Não é possível! Como ele teve coragem? Como eles tiveram coragem? Pra que aquela idiotice de jantar?
Eu grito e espero por uma resposta que nunca virá!
Eu fico por horas repensando em tudo que acabei de ouvir e tenho vontade de correr pra minha antiga casa mais isso não vai adiantar.... Eu fecho os olhos e me vejo na Itália na casa que papai comprou pra ela! Uma brisa me bate e eu sorrio sabendo que devo ir pra lá! Sozinho? Não eu não estou mais sozinho!
Eu pego meu celular e ligo pra Ana o amor da minha vida....