Capítulo 2- Se ainda estivermos vivos

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 "Norte da Geórgia, nas montanhas" respondi 

 "É uma sensação engraçada saber que por tabela estou descobrindo sobre a vida do Daryl pré apocalipse" Carl riu "Ele é muito calado, eu não faço ideia de nada" ri junto 

 "E você? Onde morava?" 

 "King County" 

 "Já tive um amigo de lá" me lembrei "Na verdade ele era da minha escola, morava praticamente do lado, mas aí se mudou para lá" 

 "Qual nome dele? Talvez o conheço" ele sorriu, pareceu gostar de minha animação 

 "Duane, Duane Jones" ele pensou por um instante mas negou "Ele tinha sua idade" 

 "Não, não me lembro de o conhecer" começou a chutar uma pedra no caminho "King County só tinha uma escola, ele devia ser de outra sala" afirmei

 "Não é estranho?" ele me olhou "Digo, lembrar de pessoas que fizeram parte da nossa vida antes de acontecer toda essa merda. Agora não sabemos se estão vivas, e caso estejam, não sabemos onde elas estão" 

 "É… E se pensarmos muito vamos acabar chorando" rimos "Sinto falta da vida de antes"

 "Em partes também sinto" sorri amarelo 

 "Meu Deus! Você é muito trapaceiro, Daryl!" eu gritei rindo.

 "Eu não jogo mais nada com vocês dois!" Merle apagou o cigarro "Puta merda, uma não sabe jogar e o outro rouba na cara dura" 

 "Eu não estou roubando! Vocês só estão falando isso porque não aceitam perder pela terceira vez" 

 Estávamos escutando "Blue Suede Shoes" enquanto Merle e Daryl bebiam e nós jogávamos truco. Uma sexta à noite como qualquer outra. Minhas bochechas chegavam a doer de tanto rir.

 "Cara, você é um cuzão" Merle tomou mais um gole da bebida.

 "Ah! Você que é!" ele jogou as cartas em Merle que riu.

 Escutamos a porta bater e em seguida a voz bêbada de nosso pai chamando por Merle. 

 "Ele voltou?" Daryl sussurrou enquanto levantava.

 "O que você acha? Maya, vai para o seu quarto" Merle também se levantou.

 "Vem, Maya" Daryl me puxou pelo braço até meu quarto "Você não é mais criança, já sabe o que fazer" afirmei "Só saía pela manhã" ele saiu.

 Tranquei minha porta, peguei meu travesseiro e deitei embaixo da cama.

 "Maya?" Carl me chamou "Tá tudo bem? Do nada ficou quieta" 

 "Tá sim" sorri levemente

 Avistamos um bando 'pequeno' de zumbis a noroeste, havia cinco. Carl mirou a arma

 "Não!" sussurrei o puxando para o lado oposto do bando "Ainda estamos perto da área da fazenda, só vamos passar por outro caminho"

 Ele concordou e corremos para longe do bando, felizmente conseguimos afastar sem que eles sentissem nosso cheiro.

 Conseguimos chegar na cidade depois de um tempo. Notei que Carl estava muito preocupado olhando para os lados.

 "Vem" o puxei para uma lojinha de conveniências 

 "O que vamos pegar aqui?" ele começou a olhar as prateleiras 

 "O que for legal" coloquei um óculos escuro e o olhei "Como estou?" fiz uma pose brincando

With Love, Carl GrimesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora