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Acordei assustada

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Acordei assustada.

Minha respiração se encontrava desregulada, eu estava ofegante enquanto suava frio. Minhas mãos tremiam sem parar, uma agonia, uma dor crescente surgia em meu peito enquanto me encolhia cada vez mais.

Havia tido outro pesadelo.

Eles me perseguiam desde o dia do acidente a alguns meses atrás, não importava o quanto meu corpo houvesse se recuperado, eu tinha noção de que talvez meu psicológico nunca mais fosse o mesmo.

Um medo, um pânico ao relembrar do dia onde tudo pelo que eu lutará fora perdido. Um maldito dia onde o azar falou mais alto.

Me sentei na cama, arrastando meu corpo até chegar de encontro com a cabeceira e abraçar meus joelhos me encolhendo ainda mais.

Eu apenas queria que a dor parasse...

***

A vida não era bela como os contos de fadas descreviam, e eu sabia disso. Saber a verdade e poder enfrentá-la de cabeça erguida pode te fazer alguém forte, mas ainda dói. A dor sempre estaria lá, principalmente quando você lembrasse dos momentos que te fizeram perceber que a realidade era dura e fria.

A vida não era bela, e por isso ela doía.

Percebi que já estava parada em frente ao espelho a algum tempo, então terminei de ajeitar meus cabelos  por fim, pronta para outro dia de aula.

Você consegue...

Disse para mim mesma enquanto encarava meu reflexo, era patético, minta até não saber distinguir a verdade.

Balancei suavemente a cabeça, espantando os pensamentos negativos que insistiam em me invadir de uma vez. Desci as escadas, caminhando em passos calmos até a cozinha, jogo minha mochila no chão, e sento ao lado de Kenma, evitando contato visual.

-Bom dia!- Desejo com um sorriso, pegando uma torrada e geleia.

-Bom dia, filha!- Respondeu minha mãe, colocando uma grande caixinha de leite em minha frente.

Peguei a caixa a analisando, as caixas de leite geralmente vinham 500ml, mas nessa vinham 200ml's a mais.

-Uah, 700ml de leite!- Meus olhos brilharam na direção de minha mãe.

-Sim, achei no mercadinho da esquina.- Contou orgulhosa de si mesma, enquanto meu pai resmungava algo baixinho.

-Dormiu bem?- O mais velho perguntou, tirando minha atenção da mais velha.

-Perfeitamente.- Menti, sorrindo outra vez, os dois sorriram contentes com minha resposta enquanto
senti o olhar de Kenma queimar em mim.

Ignorando meu irmão, seguimos com o café normalmente, escovei meus dentes e segui com Kenma até a porta, nos despedimos de nossos pais e minha mãe me entregou uma caixinha de leite de morango, agradeci, desejando um bom dia aos dois e seguindo com Kenma, para encontrarmos Kuroo e seguir até o colégio.

𝑲𝒐𝒛𝒖𝒎𝒆 - Oikawa Tooru Where stories live. Discover now