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10 de Julho de 2011 Roma - Itália
Perfeita.
Estavam todas exaustas. Já se seguiam 5 sets, e apesar do cansaço, Lizzie me mandou um levantamento perfeito, e como Ace, cravei a bola na quadra adversária. As francesas se encontravam tão exaustas quanto nós, mas nenhuma de nós estávamos dispostas a abrir mão do título mundial. A Liga das Nações de Voleibol Feminino Sub-19, era sem dúvidas o maior evento de vôlei no mundo inteiro. Todas a nações, mais fortes e potentes lutando uma contra as outras até o último ponto, com o mesmo pensamento. Apenas um. Uma única vontade.
Vencer.
O torneio teve início no dia 27 de maio, há treze dias atrás. Os jogos foram incríveis, cada um uma experiência única a ser vivida. Estava orgulhosa, de onde havíamos conseguido chegar, apesar das adversidades.
14 x 13 para Itália.
Apenas mais um ponto. Se elas marcassem mais um, nos alcançariam e o jogo se estenderia mais. Essa era a final, e talvez as meninas não conseguissem aguentar prosseguir com o jogo. Soltei o ar que estava prendendo, o apito soou. Lizzie sacou, não foi tão forte quanto no começo, mas ainda assim o jogo teve início. Ela correu para a frente, se infiltrando como levantadora.
A líbero do outro time recebeu sem grandes problemas, mandando para a levantadora. Olhei para seus pés, percebi durante o jogo que eles sempre apontam a direção na qual ela direcionará a bola, algo básico demais para a levantadora principal de uma nação.
Me juntei com nossa central, saltando para o bloqueio da central adversária. No entanto, ela cortou a bola um pouco mais ao alto, fazendo com que ela estourasse nas pontas dos dedos de Marcella, e voando para fora. Teria sido ponto delas, se nossa líbero não tivesse chegado bem a tempo, e chutado a bola para o alto. Lizzie correu para debaixo da bola, que vinha de forma levemente desengonçada.
Assim que meus pés retornaram ao chão, corri para trás, me preparando para saltar rapidamente. Escorreguei em um pouco de suor, no entanto coloquei minha mão no chão, voltando a me levantar com pressa. Lizzie levantou para mim, a bola veio mais baixa, e próxima a rede. O bloqueio adversário montou uma barreira tripla em cima de mim.
Merda!
Praguejei mentalmente. Saltei o máximo que ainda tem podia, e então, no ar, mudei minha posição, arriscando uma cruzada estreita para fora de quadra.
A bola estourou nos dedos do bloqueio adversário, e voou para fora da quadra. O som da bola batendo no chão ecoou pelo ginásio, que até o momento estava em silêncio, esperando o resultado final. O apito soou, indicando nossa vitória. A plateia foi a loucura com a segunda vitória consecutiva da Itália na Liga das Nações.
