56. Unconditionally.

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— Ótimo, porque se você quisesse transar com outras, eu te mataria. 

— Não se preocupe, eu só quero transar com… — Sua irmã. Calei a boca antes de terminar a frase e abri um sorriso inocente. — Com ninguém. Sexo é superestimado. 

Devon me lançou um olhar descrente e balançou a cabeça, seu rosto corando até a raiz dos cabelos. 

— Eu não acredito que vocês vão se casar. — Ele balançou a cabeça novamente. — Céus. 

— E que vamos ter um filho. É bizarro. Nunca pensei em ser pai aos dezessete.

Eu ri com desespero, mas parei de rir quando Devon paralisou com a mão no corrimão da escada e se virou para mim com o rosto lívido, o sangue se esvaindo do seu rosto enquanto ele me encarava em choque. 

Puta que pariu. 
Ele não sabia? 

— JHENIFER ESTÁ GRÁVIDA? — Ele gritou tão alto que dei um passo para trás. 

— Puta que pariu. — A voz do meu pai soou atrás de nós. Eu apenas encarei Devon, sua expressão de fúria total. 

— Eu disse a Jhenifer e Carina para contar a você apenas depois do casamento, para que Lorenzo não subisse ao altar com a cara quebrada, mas o idiota não tem senso de autopreservação. — Thomaz murmurou se aproximando e colocou uma mão no ombro de Devon, os olhos azuis firmes sobre o filho. — Mantenha suas mãos longe dele. 

— Ele engravidou minha irmã! — Devon rosnou. 

— Ele engravidou minha filha! — Thomaz rebateu estreitando os olhos. — Mantenha suas mãos longe dele. 

— Vocês falando dessa forma faz parecer que eu a forcei a fazer isso. — Murmurei franzindo os lábios em desgosto. Os dois Rizzi me encararam, os olhos azuis idênticos apresentando a mesma fúria assassina. Papai gemeu ao meu lado. 

— Céus, cale a boca. — Censurou. Eu tive a perfeita imagem mental dele revirando os olhos. — O que está feito, está feito. 

E então Devon se jogou sobre mim, mas antes que ele pudesse me acertar de fato, Thomaz o segurou, fechando a mão sobre seu pulso erguido e o braço por sua cintura. 

— Devon, pare com isso agora. — Thomaz ordenou em uma voz firmemente fria. — Agora. 

— Eu não sei que porra se passa na sua cabeça. — Devon rosnou se desvencilhando do aperto do pai. Felizmente ele não parecia mais prestes a me atacar. — Se você realmente ama minha irmã, deveria saber que ela não tem emocional para ter um filho, deveria ter noção do que isso vai fazer com ela. 

— Elas é minha noiva e em dois dias será minha esposa. Isso não é mais da sua conta. — Cuspi as palavras. — Jhenifer vai ser uma ótima mãe porque ela é uma ótima pessoa. Pronto. 

— Diga isso quando ela cortar os pulsos porque a criança não a deixou dormir por três dias. — Meu primo disse sem nenhuma emoção na voz e saiu andando, dando a última palavra como ele e sei pai adoravam fazer. 

Eu não deixaria aquilo acontecer. Passaria todas as noites acordado para que ela não precisasse, cuidaria do bebê o tempo todo para que ela não se sentisse exausta e se machucasse. Também cuidaria de sua saúde mental e física, todos os dias, porque agora ela tinha alguém que realmente sabia o que ela sentia, alguém que realmente se importava com ela. 

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Passei o sábado bêbado. As mulheres estavam na casa de Cinzia e os homens na mansão de Thomaz. O casamento era no dia seguinte, as quatro da tarde, e Thomaz passou o dia fora recebendo os convidados que vieram de outras cidades. Todas as pessoas importantes do nosso mundo estariam na cerimônia. Os subchefes da Cosa Nostra e Camorra que comandavam as cidades ao redor de New York e Las Vegas, os subchefes italianos que comandavam nossas operações na Itália, e todo e qualquer homem feito dentre nossas alianças. Incluindo os Giordano. Uma cerimônia de peso, marcando o futuro de nossas organizações, o próximo rei e sua rainha. 

CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração. Where stories live. Discover now