2ª Capítulo 5

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  Jimin

Acordei durante a noite com meu alfa espirrando.

Eu sabia, sabia que ele ia adoecer.

Me desvinculei dos braços fortes e só deu tempo de chegar até os pés da cama

-Vida? -Jeon se sentou de imediato, ele passou os olhos na cama até me achar. -Meu amor vem, está frio. -E espirrou de novo.

-Espera só um pouquinho, tá bom?

Desci e só deu tempo de dar um passo, me assustei com Jeon me abraçando.

-Onde você vai? Por favor, meu céu volta pra cama.

-Amor -Me virei segurando os dois lados do seu rosto. -Você pegou resfriado.

-Não peguei não. -E espirrou.

-Teimoso. -Dei um tapinha em seu braço e o empurrei fazendo ele se sentar. -Vou fazer um chá pra você.

-Mas não mesmo! -Ele negou com a cabeça. -Você não vai sair no meio dessa neve pra procurar nadinha!

-Amor.

-De modo algum, seus pequenos pezinhos não irão pisar lá fora.

-Jun.

-Sem condições, deixa que eu

-Não -Falei alto fazendo ele arregalar os olhos. -Você vai deitar nessa cama e vai se cobrir.

-Ji...

-Calado. -Jeon fechou a boca imediatamente -Eu vou descer até a cozinha e vou pegar as ervas que tem lá, você fez chá pra mim hoje lembra meu bem?

-Uhum.

-Por favor vá se cobrir, não quero você ainda mais doente.

-E você meu céu?

-Eu estou bem, vida, estou bem quentinho.

-Não vai ficar por muito tempo.

-Eu prometo ser rápido, agora me obedece e vai deitar.

Jun assentiu fazendo biquinho e foi deitar, o moreno ficou na beirada da cama.

-Nem me ama mais. -Sorri, não é possível.

-Amor.

-Fica brigando comigo, eu não fiz nada. -Senhor. -Depois que leva uns tapas na bunda gorda fica reclamando, ah Jeon é mal, a Jeon é isso, a Jeon aquilo, depois só Jeon é ruim mas ninguém vê como meu céu me trata.

-Meu amor. -Andei até ele me sentando na beirada da cama, ele ainda teve a capacidade de virar ficando de costas pra mim -Jun!

-Hum?

-Eu não estou brigando com você.

-Está sim, falou todo bruto.

-Me desculpa meu alfa, desculpe seu ômega, uh? -Dei um beijinho em sua nuca. -Eu não fiz por mal, só quero você bonzinho amor.

-Fala com jeitinho vida, doeu viu. -Jeon se virou e estava com os olhos marejados. -Eu não tenho culpa de estar assim e só não queria você pegando friagem, não precisava falar daquele jeito comigo

-Desculpa. -Abracei ele, as vezes eu esqueço como ele é sensível a minhas palavras. -Por favor meu bem me desculpa, eu não queria ser mal com você. -Jun retribuiu ao abraço e fungou contra o meu pescoço.

-Doeu.

-Perdão. -Acariciei seu cabelo.

-Não fala assim comigo florzinha.

-Não falo meu bem, eu não falo mais. -Beijei seus lábios. -Eu te amo.

-Eu também te amo. -Jun enfiou a mão por entre minhas roupas e acariciou minha cintura.

-Pode me esperar aqui um pouquinho? Eu já volto.

-Uhum.

-Fica esquentando os bebês. -Ai ele sorriu assentindo. -Te amo, te amo, te amo. -Cada frase vinha seguida de um beijo.

-Te amo mil vezes mais, vai amor, ai você volta rapidinho e eu posso voltar a te esquentar.

Concordei me levantando, passei a coberta até seu pescoço e sai rápido deixando meus quatro amores pra trás.

Eu tinha que ser rápido.

[...]

Meu alfa está sentado na cama tomando o chá que eu trouxe enquanto a outra mão faz carinho em meu corpo já que eu estou grudadinho nele

Meu marido começou a tossir, quando eu voltei ele estava tossindo bastante, no momento ele está bonzinho, creio que pelo líquido quente ter entrado em contato com sua garganta.

-É bom?

-Horrível. -Sorri baixinho pra não acordar os bebês. -Mas tenho que tomar né?!

-Uhum, pra ficar bonzinho logo. -Jeon sorriu.

Logo ele tinha secado a xícara e me chamou pra dormir, ele estava cansado e devo confessar que ainda sinto sono.

Dormi mais que o previsto e esperado mas ainda quero, pensando nisso eu só assenti e deixei ele me abraçar apertado.

Apenas quando notei sua respiração leve e os braços que me agarravam mais frouxos que eu me permiti dormir também.

Um de meus bebês está doente e isso parte meu coração.

Vou cuidar muito bem dele pra que logo esteja cem por cento.

-Bom dia amor.

-U' dia papai! -U' dia, eu acho tão lindo quando meus filhotes falam isso.

-Papai está dormindo.

-Papai tá conversando, não tá mimindo não. -Senti um pesinho sobre meu corpo.

-Cuidado bebê.

-Tá bom -Abracei o alfinha que estava grudado em mim com força, quando ele começou a beijar meu rosto eu abri os olhos.

-Hum, que beijo gostoso.

-Também quero beijar papai! -Aiko se enfiou ali e começou a dar beijinhos.

-Eu também quero dar beijo no papai! -Sorri ainda mais quando beijos foram deixados na minha boca.

-Nossa, como eu sou amado!

-Intensamente meu amor, intensamente. -Ganhei mais um selinho. -Acabou a farra, saiam de cima do papai de vocês, anda, anda.

Jun "arrancou" os dois de cima de mim e subiu em minhas pernas.

-Ele é só meu agora. -Me abraçou apertado e deu beijinhos em meu pescoço.

-É nada!

-Quem chegou primeiro? O papai gatão aqui. -Meu Deus, se brincar Jun é mais criança que os três juntos.

Falando em três o ômega continua dormindo tranquilo.

-Está melhor meu amor?

-Uhum, meu nariz ta um pouco ruim mas de resto tô ótimo. -Sorri abraçando ele mais apertado.

-Que bom amor.

-Vamos ficar na cama essa manhã?

-Vamos. -Segurei seu rosto lhe dando um selinho rápido. -Debaixo de cobertas porque estou com frio. -Ele sorriu assentindo.

Mais abençoado que eu? Não existe.

Fui tirado de um cativeiro, pode se dizer, para viver em um vasto castelo com um alfa que me ama mais que tudo no mundo.

O alfa da minha vida e que me deu nossa família, nossos filhos que são tudo pra nós.

Pode até não existir a tão desejada perfeição, mas eu digo com propriedade que meus quatro amores beiram ela.

Eles são o mais próximo da perfeição e nada pode dizer o contrário, até porque o contrário é nulo.

Minha família quase perfeita, eles são o motivo da minha vida, são a minha vida.

O ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora