XI › A SEGUNDA TAREFA

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─ Mantenha os pés longe um do outro ─ dizia Poliakoff em búlgaro, mostrando impaciência, ─ seguros no chão. O que importa saber se defender com um ótimo feitiço se não vai conseguir manter o equilíbrio ou se vai tropeçar nos próprios pés? Ivanovich, olhe para a frente, seu inimigo não está em baixo de você!

Alastor Moody foi quem chamou a atenção dos alunos ao se aproximar quase sorrateiramente por entre algumas árvores da floresta anterior ao lago. Quando seus colegas analisaram o auror se aproximando e baixaram as varinhas, Poliakoff se virou.

─ Nikolina Krum ─ disse-lhes o auror, até encontrar a garota com seu olho mágico. ─ Está sendo chamada por Minerva McGonagall e por Albus Dumbledore. Me siga.

Foi tudo o que disse. A garota olhou para Sonya ao seu lado, que assentiu e murmurou um "vai logo". Nikolina enfiou a varinha no bolso da capa e correu para tentar acompanhar Moody, que já caminhava rápido demais, mesmo com sua perna mecânica.

Moody a observou rapidamente por entre os ombros. Nina franziu a testa e seu olhar ficou meio horrorizado ao olhar no rosto do auror, mas percebeu que sua expressão não fora perfeitamente escondida quando ele disse, sem nenhum resquício de educação:

─ O que é que você está olhando!

─ O seu rosto ─ respondeu Nina, estranhamente petrificada, ─ ele parece... nada, não!

Derreter. Essa a palavra correta.

Moody resmungou algumas ofensas que Nikolina não pudera ouvir realmente ouvir. Então ele retirou da capa a garrafa que sempre o acompanhava e tomou um pouco dela ali mesmo, enquanto a garota o seguia para Hogwarts.

Já dentro do Castelo, por meio de uma escada de pedra em movimento circular, eles alcançaram o terceiro andar, em seguida uma enorme gárgula surgiu. Moody disse uma senha de segurança e a gárgula se afastou em resposta, revelando a grande porta de carvalho. Na sala de Dumbledore, o auror deu um leve empurrão em Nina para que entrasse. O escritório do diretor era uma grande sala circular com muitas janelas e muitos retratos de diretores e diretoras anteriores, também tinha algumas pequenas mesas sobre as quais foram colocados alguns pequenos instrumentos de prata que emitiam pequenas nuvens de fumaça, uma grande coleção de livros e uma penseira. Nina raramente entrava no escritório de Karkaroff em Durmstrang, mas sabia que, mesmo que lá também houvesse uma penseira - por algum motivo - ela nunca havia sido usada.

Ela observou o lugar rapidamente antes que seus olhos recaissem sobre as outras três pessoas que sentavam em um sofá e uma poltrona. Cho Chang levantou-se no momento em que ela entrou; Gabrielle Delacour continuou timidamente sentada na poltrona, de braços cruzados; e Rony Weasley, que anteriormente observava um grande armário com uma prateleira inteira somente para doces mágicos - Nina provavelmente entendeu o porquê da senha -, encarou a garota recém chegada.

Quando as portas se fecharam e Moody se foi, Nina acenou rapidamente para Cho e Gabrielle, então caminhou até Rony.

─ Ei, Ron, você sabe me dizer se existe alguma doença que um dos sintomas é... bem... derreter seu rosto? ─ ela murmurou, insegura.

O Weasley começou a passar as mãos no próprio rosto. Nina segurou as mãos dele.

─ Você é doido?

─ Por que isso? ─ ele questionou.

Então ela lhe explicou o que ocorreu na rápida ida até ali e como Moody parecia mais estranho do que normalmente era. Em nenhum momento Rony ficou surpreso.

─ Eu não sei ─ disse ele, por fim. ─ Olho-Tonto é muito esquisito.

Nina aceitou a resposta de Rony por determinado tempo, afinal, eles tinham que saber o que estavam fazendo na sala de Dumbledore. E se o diretor confiava tanto neles para estar ali sem vigilância, significava que futuramente eles precisariam confiar no diretor?

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⏰ Última atualização: Jan 20, 2022 ⏰

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