22. A Meta É Ficar Bem.

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— E eu sou hétero! — Disse-lhe mais para aplacar o aparente ciúme de Lorenzo do que porque queria. 

— Eu não sou! — Devon gritou do banco de trás para o total deleite de Daniel. 

— Você namora! — Lembrei-o sem tirar os olhos da rua iluminada. — Onde vamos? Se for para a Times, precisamos deixar o carro em algum lugar, a gente não vai conseguir entrar lá com ele. 

— Vire a próxima rua a direita. — Devon pediu e eu o fiz mesmo sem entender. Estavamos dobrando a rua principal e seguindo para os distritos mais afastados, diretamente para o Brooklyn. Eu nunca tinha estado naquelas ruas, quanto mais dirigido por ali com uma fodida Ferrari. 

— Não é uma boa irmos para esse lado com uma Ferrari. — Lorenzo murmurou ecoando meus pensamentos. Mesmo tendo armas e sendo um exímio lutador, ele não se colocava em perigo desnecessário. 

— Tenho que buscar Liam. — Devon respondeu e eu tive a perfeita imagem mental dele dando de ombros. 

— E o Liam mora no Brooklyn? Como você conheceu esse garoto? — Lorenzo perguntou parecendo um perfeito elitista. 

— No colégio. Ele tem uma bolsa porque é fodidamente inteligente, as vezes mais do que tio Nino. — Através do retrovisor vi o sorriso orgulhoso de Devon. — Pare de ser babaca. 

— Caralho… — Daniel disse com uma risada descrente. — A gente tá andando com uns caras ricos pra porra. 

— Eles dirigem uma Ferrari, Daniel. — A garota de óculos revirou os olhos. — Vocês não tem medo que a gente seja, tipo, assaltantes? 

Lorenzo riu alto e se ajeitou na poltrona enquanto eu revirava os olhos. 

— Somos as últimas pessoas dessa cidade que alguém vai querer assaltar. — Meu primo disse com um sorriso frio. 

— Vou estacionar e você dirige. — Avisei a Devon. — Você sabe melhor onde é. 

Antes mesmo dele concordar eu já estava emparelhando o carro com o meio fio. 

— Está com medo, Jhenifer? — Meu irmão zombou saindo do banco de trás. 

— Sim. — Sussurrei apenas para ele. — Não surta, mas eu vou sentar no colo do Lorenzo. Lembre-se que ele é nosso primo e que há estranhos conosco. 

Devon franziu as sobrancelhas, mas assentiu revirando os olhos. Quando ele entrou no banco do motorista, dei a volta no carro e abri a porta do carona. Lorenzo franziu as sobrancelhas, mas não disse nada quando me sentei sobre suas pernas, apoiando minhas costas em seu peito.

— Se você ficar de pau duro na bunda da minha irmã, eu mato você. — Meu irmão avisou quando deu partida no carro. Lorenzo passou um braço ao redor da minha cintura quando Devon acelerou pelas ruas adjacentes. 

— Ela é minha prima, porra. — Lorenzo o lembrou e eu quase caí na gargalhada ao me movimentar em seu colo e sentir seu aperto em minha cintura aumentar. 

— Deus fez os primos para não pegarmos as irmãs. — Sadie, a garota de cabelos amarelos, disse numa risada alta. Eu também ri e me estiquei para trás, feliz por colar meu corpo ainda mais contra o de Lorenzo. 

— Devon diz isso, mas morreria se eu pegasse Lorenzo. 

— É a hipocrisia masculina. — Heaven disse com uma risada seca. 

Devon parou de reclamar quando estacionou ao lado de um enorme muro grafitado com imagens de todos os pontos turísticos do mundo. Torre Eiffel, Cristo Redentor, Estátua da Liberdade e até mesmo o Muro de Berlim versão antiga. Liam estava encostado no muro, os cabelos pretos caindo sobre o rosto. Vestido totalmente de preto, até mesmo os tênis, o namorado do meu irmão franziu as sobrancelhas quando estacionamos bem ao lado dele. Lorenzo aproveitou a distração do meu irmão e o fato de eu estar jogada contra ele, e passou a língua por meu pescoço. Eu quase gemi alí mesmo. Principalmente quando senti sua ereção sob mim e ele apertou minha cintura ainda mais. 

CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração. Where stories live. Discover now