Eu franzo minhas sobrancelhas.
- Que tipo jogo?
- Calma, não é nada de mais. É só um jogo de perguntas e respostas. Eu chamo de Verdade ou verdade.
- E como funciona? Alguém faz uma pergunta e o outro responde?
- É.
- Esse jogo inovador saiu da sua mente brilhante?
- Sim, acabei de inventar.
Eu suspiro. - Tá, eu começo. - essa é a minha chance de tirar uma coisa a limpo. - Foi mesmo uma coincidência a gente se encontrar na boate?
Ele olho pra baixo com um sorriso amarelo.
- Talvez?
- O jogo se chama verdade ou não?
- Tá, não foi uma coincidência. Eu ouvi você falando que ia com a sua amiga, mas eu não fui só por isso. Meus amigos já queriam ir a um tempo, então eu uni o útil ao agradável.
- Hmm. - murmuro. Eu sabia. Não tinha como a gente ter escolhido o mesmo dia e hora para ir na mesma boate. Londres é enorme, e o que não falta aqui são boates.
- Agora é minha vez. - ele diz.
- Pode mandar.
- Você já se apaixonou?
Oh! Não esperava essa pergunta.
- Não, e nem pretendo.
- Por quê? Medo de se machucar? - questiona ele, olhos fixos em mim.
Não. - tiro um mecha de cabelo da minha minha testa molhada pelo calor. - Porque eu não acredito no amor.
- Então você não ama ninguém?
- Eu não quis dizer isso. É só que... - me ajeito, tentando encontrar a melhor forma de explicar. - o que existe de verdade entre os casais é paixão e atração. E isso não é duradouro. Em poucos anos de casamento acabam e o que ficam são só defeitos e ressentimentos de uma relação desgastada.
Ele não diz nada, mantendo uma expressão indecifrável, então continuo.
- Mas respondendo à sua pergunta. Sim, eu amo. A minha irmã, Jasmine.
- E seus seus pais?
- É complicado - digo desviando o olhar. Ele percebe meu desconforto e não insiste.
Para tentar amenizar o clima estranho rebato a pergunta.
- E você? Já se apaixonou?
Tom apoia a cabeça na parede do elevador e parece pensativo.
- Sim, uma vez. Tive uma namorada com 16 anos. Não sei se era amor, mas sentia algo muito forte por ela. - ele fala e se vira pra mim. - Agora estou esperando a garota certa aparecer.
Meu Deus! Que baboseira. Só falta ele dizer que acredita em almas gêmeas.
Limpo a garganta.- Ok, já entendi que você é do tipo romântico. Minha vez de fazer a pergunta.
- Não, não, não. Você já fez a sua.
- Quê?
- Você perguntou se eu já me apaixonei.
- Não, essa não conta, eu só repeti a sua pergunta. - eu cruzo os braços.
- Claro que conta. É minha vez.
- Aff, então vai.
- Espera aí, estou pensando.
Suspiro, e espero mexendo na minha bolsa até que minha paciência, que não é muito grande, se esgota.
JE LEEST
Meu destino favorito - Livro 1 da série Os Favoritos
RomantiekLivro 1 da série Os Favoritos Para ele, paixão à primeira vista. Para ela, raiva à primeira vista. Romântico e determinado, ele quer conseguir conquistar o coração da amada. Porém, ele possui um segredo. Ele o colocaria em risco por ela? Perseguida...
Capítulo 10
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