18. Love And Honor.

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— Valeu, Lorenzo. — Devon agradeceu dando um gole em seu vinho. Apenas na máfia adolescentes bebiam à mesa, com sua família. 

Quando Devon desviou sua atenção para Luca, que lhe perguntou algo sobre um time de futebol europeu, eu me virei para Lorenzo com a expressão fechada. 

— Eu sei o que você está fazendo. — Sussurrei severamente. 

— Salvando minha vida caso seu irmão ciumento descubra? — Lorenzo disse ainda mais baixo, sem sequer desviar os olhos de sua comida. — E também, não é como se eu estivesse mentindo. 

— Você está jogando com meu irmão, o manipulando. — Sibilei. Por mais que eu precisasse manter minha voz mais baixa que um sussurro, eu queria gritar. O corpo de Lorenzo tensionou e ele se virou minimamente para mim. 

— Todos temos segredos. Um pior que o outro. — Lorenzo sussurrou. — É melhor que seu irmão lembre disso, assim como nós. 

— Você não pode estar falando sério… 

— Depois, Jhenifer. Depois. — Lorenzo advertiu voltando a sua comida. Eu respirei fundo para conter a animosidade, ele estava certo, não podíamos discutir aqui. 

— Papai, sua pressão melhorou? — Tia Cinzia perguntou se servindo de mais comida. Ela estava comendo bem mais do que o habitual e céus, eu não conseguiria lidar com outro primo tão cedo. As crianças da nossa família pareciam nascer com o bicho no corpo. 

— Estabilizou. — Vovô disse dando de ombros. Seus olhos se desviaram para mim e Lorenzo por um momento antes de abrir um sorriso afetado para minha tia. — Como foi a viajem até às docas? Ficar aqui não foi divertido. 

Lorenzo paralisou com o garfo em direção a boca e eu senti uma onda de enjôo me acometer. 

— Eu não vi o senhor. — Lorenzo disse abaixando o garfo lentamente, o corpo inteiro tenso. Vovô se voltou para ele com um sorriso… Triste. 

— Eu sei, filho. Você estava ocupado. — Meu avô contou com um sorriso visivelmente forçado. 

— Ocupado com o que? — Tio Nico quis saber franzindo as sobrancelhas. 

— No celular, como sempre. Essas crianças não saem dele. — Vovô balançou a cabeça com pesar. — O italiano dele é muito bonito, me lembra a antiga Itália. 

Puta que pariu.

Eu abaixei a cabeça fingindo estar muito interessada no meu prato para que ninguém visse meu rosto vermelho e os olhos cheios de lágrimas. Pelo canto do olho, vi Lorenzo apertar os lábios e fechar a mão sobre sua coxa em punho, tão forte que provavelmente estava machucando. 

— Com quem você estava falando em italiano? — Tia Alessia perguntou com um sorriso orgulhoso nos lábios. 

Eu queria morrer. 

— Estava praticando com Andrea.  — Meu primo mentiu com um mínimo sorriso. 

— Ele é um bom garoto. — Nico disse voltando sua atenção para o prato em sua frente. 

O jantar transcorreu cheio de conversa alta e risadas, mas eu não conseguia me ater em nada. Sequer conseguia pegar o garfo, afinal, minhas mãos estavam tremendo tanto que parecia ser uma convulsão. Com o coração doendo no peito, batendo tão acelerado que poderia ser um ataque cardíaco, eu tentei permanecer calma, mas não foi fácil. Quando por fim o jantar terminou, eu me levantei, me esforçando para não parecer abalada, e caminhei para o deque inferior. Menos de dois minutos depois Lorenzo estava ao meu lado. 

— Ele sabe. — Chorei por fim, as lágrimas caindo torrencialmente por meu rosto, nublando minha visão. Lorenzo assentiu. 

— Estamos fodidos. Muito fodidos. — Ele sussurrou. — O olhar dele… Ele parecia arrasado.  

CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração. Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ