A Christmas to remember ❄ l.s

Tempestade

𝐿𝑒𝑒𝑑𝑠, 𝑌𝑜𝑟𝑘𝑠ℎ𝑖𝑟𝑒, 𝐼𝑛𝑔𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎.
19h15.
-8º𝐶.
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜: 89-102 𝑘𝑚/ℎ𝑟.

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Ainda deitado, Louis respirou fundo e fez força para se levantar, então o peso que estava sentindo em suas costas de repente sumiu. Um Harry com um rosto atordoado se fez presente no seu campo de visão, o estendendo a mão. Somente então, se deu conta de que o peso que estava sentindo antes, também era quente e também tinha braços que o agarraram. 

Era Harry o protegendo. 

— Você está bem? — Styles disse quase gritando para ser ouvido, passando os olhos rapidamente por todo o corpo do menor, a procura de qualquer machucado — Você se machucou? Eu te machuquei?

— O que aconteceu? — Louis perguntou também falando alto, ainda sentado no chão, sem coragem de parar de encarar o bombeiro para ver a sua cozinha.

— Louis — Harry colocou suas mãos sobre os ombros largos do menor, o sentindo tremer — Você está sentindo alguma dor?

— Não. — O médico negou com a cabeça, então reparou em um pedaço de vidro pequeno preso na pele de Harry, bem na altura do seu ombro. O pijama natalino estava levemente cortado com algumas manchas de sangue.

— Harry, o seu ombro. — Tomlinson fez menção de se aproximar para ver melhor a região, mas o bombeiro se afastou.

— Eu sei, depois eu cuido disso. — Styles se levantou, ajudando o mais velho.

Quando Louis estava finalmente de pé, ele pôde ver o que tinha acontecido. A janela da sua cozinha tinha quebrado, provavelmente com o vento. Agora, o seu chão estava uma mistura de cacos de vidros com neve derretendo. Só então compreendeu o porquê de tremer tanto. O vento entrava livremente por aquele buraco aberto, fazendo com que a temperatura da sua cozinha caísse rapidamente. O uivo do vento também havia ficado incrivelmente mais alto e assustador.

— Preciso de alguma coisa para fechar isso aqui. — O bombeiro gritou elétrico, caminhando pela sua cozinha a procura de algo — Uma placa de madeira seria ótimo, martelo, pregos...

— O que sobrou da obra está na garagem, deve ter algo que de para fechar isso. — Tomlinson gritou de volta, abraçando o seu próprio corpo para conter o frio que estava sentindo. — Eu vou dar uma olhada nas crianças.

— Por favor, leve eles para algum lugar longe de janelas! — Styles disse antes de sumir pela porta.

Assim que Louis apareceu na sala, Violet correu para os seus braços ainda chorando assustada. Charlotte estava apavorada, tentando acalmar Charles que berrava alto.

— A janela da cozinha não resistiu, estourou. — Tomlinson disse para a sua irmã que estava o olhando de forma que queria respostas — Vem, vamos para o quarto das crianças.

— Mas lá tem janela! — Charlotte respondeu, apertando ainda mais Charles em seus braços.

— Eu consigo arrastar o guarda-roupa das crianças pra bloquear. — O médico começou a andar em direção as escadas. Violet estava aninhada no seu peito. — Acredito que seja mais confortável do que na garagem ou no sótão.

— Tem razão. — Enquanto passava pelo hall de entrada, pra subir as escadas, Lottie cometeu a terrível ideia de olhar rapidamente através das janelas e se arrependeu. Não era possível ver absolutamente nada, tudo estava escondido sob uma névoa branca que se movimentava rapidamente. Ela nunca havia visto nada assim em toda a sua vida.