Ela pensou por alguns segundos.

– Uma mistura dos dois. – respondeu com um sorrisinho, mordendo o lábio inferior.

– Sua pequena pervertida.

– Os dois são gostosos.

– McSteamy é muito mais interessante.

– Por que ele é uma cópia melhorada sua? – ela ergueu uma sobrancelha.

– Você acabou de assumir que sou um grande gostoso, Detetive. – um sorriso de gato de Cheshire alcançou seu rosto, cheio de implicações, quando um rubor atingiu as bochechas de Chloe.

– Claro que não. – pigarreou, virando o rosto para a janela. – Só disse que você é um mulherengo que não consegue manter as calças para si, exatamente como ele.

– E que sou uma cópia melhorada dele. O que convenhamos, é exatamente o contrário.

Chloe o empurrou levemente no ombro direito.

– Cale a boca.

– Você já disse que eu era legal, seu amigo e agora gostoso, quem diria, hein.

– Eu jamais deveria ter estendido a noite com você. – ela tapou o rosto com as duas mãos, escondendo o quanto estava envergonhada.

– É só assumir.

– Eu não estou assumindo nada, além do fato de que você é irritante pra caralho.

Lucifer riu como nunca, adorando provocá-la. O som encheu o veículo, misturando-se ao ar fresco de uma noite de verão californiana.

– Você fica adorável quando está com vergonha.

– Eu deveria aproveitar que o sinal acabou de fechar e colocá-lo para fora.

– Querida, eu e você sabemos que você não consegue ficar longe de mim por tanto tempo.

Bastardo presunçoso.

– Um ego tão grande e inflado.

Outras coisas também.

– Lucifer, se você não calar a boca agora mesmo...

Ele ergueu as mãos em rendição, logo voltando a dirigir.

– O que eu não faço por você, querida?

Mais uma revirada de olhos e certamente, qualquer dia desses, Chloe não duvidava de que ambos saltariam das órbitas pelo quão frequente era a ação diante do comportamento enervante do homem ao seu lado.

– Estou com fome. – ela tirou os pés do assento e se esticou, pegando o pacote marrom com hambúrgueres e fritas do banco de trás.

Ele olhou para o alto através dos vidros abaixados da janela, notando algumas nuvens carregadas ofuscar o brilho das poucas estrelas que ainda conseguiam se sobressair diante das luzes da cidade. Talvez uma chuva torrencial viesse pela frente.

– Parece que vai chover. – fez uma pausa, voltando-se para ela. – Você realmente prefere comer aqui? – franziu a testa quando a viu dar uma mordida generosa no hambúrguer.

– Sim. Meu estômago está roncando.

– Não vai acabar sujando tudo?

– Não acredito que você é do tipo certinho que não suporta bagunça.

– Claro que sou.

– É fofo.

– Como é que é? – ele quase gritou.

Invisible String - DeckerstarWhere stories live. Discover now