Em deboche, seus braços se cruzaram e você se encostou no batente da porta para observa-la. 

– Não me lembro de esperar por visitas. 

– Ah, você chegou! – a mulher se virou, olhando você de cima à baixo. – Uma honra finalmente conhecer a famosa Luminous. É, fiquei sabendo que você está de nome novo. 

– É, uma curiosidade: O Homem-Aranha escolheu ele. Legal, né? – você contou, no mesmo tom que o dela. 

– Impressionante. 

De braços cruzados, a loira disse ao mesmo tempo que o olhar te fulminava em cada canto do seu rosto. Os olhos dela pareciam cravar cada pedaço seu na mente, enquanto o odio estava escondido. 

– Preparei uma coisa para nós, por que não se senta? 

– Acho que já chega de brincar de casinha, o que você quer?

O sarcasmo pareceu sumir do rosto, assim como sorriso falso da loira. O breve silêncio pareceu mortal junto com a tensão que o local acumulou entre ambas. Séria, a mulher deu passos para frente te obrigando a dar alguns para trás. 

– Eu fico pensando… – a Espiã voltou a falar enquanto retirava o sobretudo felpudo, revelando o traje preto da Viúva Negra. – Como todos perdoaram você? 

– Pelo o que? 

Ao dizer isso, você arrancou uma boa risada alta da assassina. Seus punhos se cerraram, tendo que se autocontrolar para não joga-la do décimo terceiro andar.

– Não seja patética a essa altura, Sn. 

Você se afastou ainda mais, balançando a cabeça em negativo. Como resposta a sua reação, a Viúva Negra ligou os ferrões elétricos do pulso e voltou a andar em sua direção.

– Não vamos lutar. – você avisou, sem parar de andar para trás. 

– Tem razão, não vamos. Eu só vou matar você e ai irei embora.

Você desviou para a direita quando a panela quente foi arremessada em sua direção pela espiã. Todo o molho sujou a parede e espirrou gotículas em seu rosto. Qualquer coisa poderia ser usada para acabar com sua vida naquele momento, pois a mulher não pretendia falhar como foi na primeira vez. 

Calma, você tentou se manter no controle da situação. Encarou os olhos dela e depois os lábios, que tremiam de puro ódio. Os punhos dela se cerraram e os ombros subiam e desciam numa respiração pesada.

– Espero que se lembrem de você.

Yelena Belova ultrapassou à mesa de centro da sala e pulou em sua direção com uma mão fechada. O punho dela nocauteou sua mandíbula fazendo o osso pegar fogo enquanto você caiu trazendo o sofá junto. Com um pé, ela empurrou à mesa do caminho para andar até você se arrastando.

O cheiro de carga elétrica inundou o local quando ela ativou um bastão de eletricidade. Você buscou apoio no chão e levantou num pulo. Suas mãos se fecharam aceitando o combate. O lábio da loira se curvou num sorriso desprezível, imaginando como você havia vencido a melhor espiã do mundo e a matado.

Bem, Yelena acreditava nisso.

Com o armamento cumprido e letal, a mulher começou a atingir o ar tentando te acertar. Você desviou de todas as tentativas recuando. Belova estava agindo pelas emoções, um ponto fraco a qual você poderia tirar vantagem. Então, agarrou a loira lutando contra seus braços. Ambas chegaram até a sacada, se socando e desviando dos contra-ataques.

YOU AVENGER ² Where stories live. Discover now