❝ ᴡᴇ ᴀʀᴇ ᴀ ꜱᴇᴄʀᴇᴛ, ᴄᴀɴ'ᴛ ʙᴇ ᴇxᴘᴏꜱᴇᴅ ❞
↬ Ter o título de melhor juíza e detetive do estado parecia ser mesmo um sonho, mas as circunstâncias que levaram a tão falada 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐋𝐄𝐓𝐓 𝐉𝐎𝐇𝐀𝐍𝐒𝐒𝐎𝐍 a esse posto não eram exatamente tão boas assim...
Eu tenho visto pessoas solitárias em quartos lotados
Cobrindo seus velhos desgostos com novas tatuagens
É tudo sobre as pequenas telas e cigarros
Olhando através de luzes baixas em silhuetas
Mas tudo que vejo são pessoas solitárias em salas lotadas
Essa cidade vai partir meu coração
Essa cidade vai me amar, depois me deixar sozinho
Essa cidade me pegou perseguindo estrelas
Já faz alguns meses, desde que eu senti que estou em casa
Eu estou chegando perto de saber aonde eu pertenço?
—This City, Sam Fischer
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Upper East Side, Manhattan, NY 12 de janeiro, 19h
S C A R L E T T
Minha mente ainda pesava com muitos pensamentos. Eu já havia cansado de chorar, e agora estava na sacada do quarto do hotel. Encarava a cidade iluminada, o céu, as nuvens e a lua. Me sentia mais leve, de alguma forma, mas tão triste, tão destruída emocionalmente que sequer conseguia celebrar a minha “liberdade”.
Chris havia respeitado o meu silêncio e espaço pessoal desde que saímos do Rainbow Room. Ele pediu pelo motorista e, assim que chegamos, eu vim para cá. E estive aqui, sozinha. Eu precisava respirar, assimilar cada pequena coisa que havia acontecido. Mas sentia tanta falta dos seus braços em mim outra vez.
E como se soubesse disso, Chris chegou a varanda. Trazia o blazer de veludo consigo e o pôs ao redor dos meus ombros, me abraçando logo em seguida. Senti sua barba por meu pescoço e tombei a cabeça, permitindo o contato. Sorri quando o senti me apertar mais, esquentando nossos corpos.
— Você está melhor? — Perguntou, e eu assenti devagar.
— Obrigada por tudo o que disse lá. Eu já estava começando a me sentir encurralada.
— Eu não consegui ficar quieto ouvindo tudo aquilo. — Ele diz, e eu assinto.
Suspiro quando me viro de frente para ele, apertando mais seu blazer contra mim. Lhe dou um ligeiro selinho e respiro fundo, tomando coragem. Eu precisava contar. Eu queria contar. Ele merecia saber.
