Capítulo IX

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- Não me diga que você tá com medo? - Desdenha segurando um sorriso. O olho com raiva.

Ele estava usando uma roupa despojada, seus cabelos úmidos e seus olhos percorriam meu corpo. Eu usava uma roupa bastante casual, não pretendia me arrumar tanto já que o intuito é se divertir.

Fiquei tão nervosa ao falar com meus pais sobre nosso encontro, porém eles adoram o Math e amam a ideia de nos ver juntos. É como se o mundo estivesse conspirando ao nosso favor. Ou pelo menos era o que eu imaginava.

- Claro que não, vamos logo! - Ainda estava irritada, mas assim que entrei no brinquedo meu coração gelou. Não tinha percebido que era tão alto assim.

O garoto percebeu a minha pequena crise, mas não disse nada. Sinto sua mão apertar a minha firmemente, me passando segurança.

- Obrigada. - Falo baixinho sentindo sua carícia em minha mão assim que o brinquedo começa a subir e então descer de forma rápida.

Olhava para baixo e via as pessoas, elas pareciam pequenas formigas andando de um lado para o outro. Na minha mente só passava possíveis possibilidades de cair daqui e morrer de maneira terrível. Eu tinha medo de altura.

No início fiquei quieta, mas então chegou um momento em que eu não aguentei e comecei a gritar histericamente.

- Meu Deus, para esse negócio moço! - Era em vão já que o cara que cuidava do brinquedo estava ocupado conversando com uma mulher. Por dentro eu estava me divertindo a beça, convenhamos, o medo de cair dali era o que deixava a coisa toda mais excitante.

- Mel, se acalma. - Como diabos ele conseguia ficar tão calmo daquele jeito? É um dom? O olhei de soslaio, ele estava com tanto medo que fiquei sem reação. Ri durante alguns minutos apertando sua mão. No final, quem realmente tinha medo era ele.

Assim que chegamos em terra firme, sinto minhas pernas tremerem um pouco. Maldito brinquedo. Reclamava, mas na minha cabeça pensava em ir novamente.

- Cara, você tá muito branca, se sente bem? - Balanço a cabeça e continuo andando, quase tropeçando. Queria aproveita todos os brinquedos, além disso, quem estava pagando os ingressos não era eu mesmo.

- Você tá bem? - Perguntei me virando para ele que ainda se apoiava tentando respirar naturalmente.

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Pego o algodão doce de cor azul da mão de Matheus. O agradeço e então caminhamos rumo a minha casa.

- Você gostou? - Ele estava tão tímido. Seu rosto ruborizado era muito fofo.

- Se eu gostei? - Finjo desgosto e vejo seu rosto triste.

Saber o que Matheus pensava era um pouco fácil, ele deixava transparecer em seu rosto o que estava sentindo, isso absolutamente interessante.

- Eu adorei! - Parei em sua frente e dei um dos meus melhores sorrisos. - Passar o tempo com você se tornou uma das minhas coisas mais preferidas. - Disse sem pensar e dessa vez quem estava envergonhada era eu.

Ele coça a nuca sorrindo. Não consegui me segurar. Lá estava eu apertando tanto suas bochechas que a qualquer momento poderia acabar as arrancando.

O ouvi reclamar um pouco, mas parecia se divertir assim como eu. Então ele pega minhas mãos firmemente, ainda rindo.

- Você é maluca. - Sorri concordando e continuamos andando, estávamos perto da minha casa.

- Eu queria perguntar sobre uma coisa. - Morde o lábio e o vi suspirar. - Ontem na festa, eu vi você e o Vina muito próximos antes de eu aparecer... - Ele começou a ficar mais nervoso ainda. - Queria saber se vocês estão, sabe?

Minha Outra VidaWhere stories live. Discover now