Jingle bel sua fuça (part 2)

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Toc toc. Algumas batidas finalmente foram escutadas na porta do quarto, Teresa que possuía uma mamadeira na mão apenas proferiu um entra e rapidamente uma Celestina adentrando o quarto

Na cama Dina, Pedro Afonso e Afonso dormiam pesado após o almoço. Daqui algumas horas finalmente seria a ceia de Natal, Teresa pela primeira vez parecia desanimada de uma forma que nem mesmo Pedro conseguia explicar, já que a mulher preferiu dormir ao lado da filha e da Afilhada na noite anterior.

— Você tá bem? – Celestina disse observando Teresa depositar a mamadeira na mesa ao lado — Eu e as meninas percebemos que você não parece mais tão animada assim.

Teresa apenas virou o rosto para olhar para Celestina, era tão óbvio que a visita da mãe de Dominique tinha mexido tanto com ela? Por dentro Teresa sempre se perguntou porquê as coisas funcionavam daquela forma com Luísa e principalmente depois de tantos anos.

— Eu me sinto estranha...– Teresa disse se sentando na poltrona e rapidamente Celestina entendeu o recado para sentar também — Ver ela sempre é estranho, é um misto de ciúmes com um....

— Um por que? – Celestina disse e Teresa rapidamente concordou — Tem certas coisas minha amiga, que nunca poderemos saber por completo ainda mais quando são sentimentos.

— Quando foi que você se tornou alguém tão psicologicamente correta assim? Em qual gravidez minha? – Teresa disse fazendo Celestina rir, era impressionante a forma como elas duas se entendiam e como completavam uma á outra.

Normalmente era claro a ser dito, Pedro era a alma gêmea de Tônico, Dumas e Caxias. Mesmo que aquilo fosse completamente estranho de ser explicado, mesmo com anos de amizade e momentos. Mas se tinha algo que nunca precisava de explicação era afirmar que Celestina era a alma gêmea de Teresa, com um simples olhar elas sabiam o que dizer pata outra ou apenas como apoiar nos momento bons ou ruins.

— Mas é sério, Luísa sempre foi daquela forma desde de a nossa adolescência – Celestina disse se lembrando — Se lembra quando Pedro e os meninos fizeram uma banda?

— Oh se eu me lembro, até hoje Pedro tem a camisa e o CD que eu desenhei pro "primeiro álbum" – Teresa disse rindo enquanto se lembrava.

— Naquela época Luísa já arrumava as confusões que nos conhecemos bem, então não adianta se remoer toda. Talvez algum dia ela mude certas atitudes, como ser intrometida, ser palestrinha demais, querer ser a santa da cocada...– Celestina falava contando nos dedos, algo que fez Teresa rir — E as outras mil coisas. Mas agora ela pode mudar enquanto não morrer, já depois complica....

— Credo Celestina, no dia do nascimento de Jesus e você falando sobre morte, cruz credo – Disse fazendo um "pelo sinal" fazendo Celestina gargalhar rapidamente.

— Disse a que não esta com cara de morte o dia todo – Celestina disse provocando a amiga.

— Tá bom, eu já entendi – Teresa disse rindo e as duas rapidamente se levantaram — Você já terminou o Peru? Ou a gente vai desistir e fazer na moda dessa família?

— Prefiro na moda da família mesmo, só que sem colocar fogo na casa inteira

— Isso aí é como o Dumas, não comigo – Teresa disse rindo.

...

— Bati – Tônico disse colocando a carta em cima da pequena pilha de cartas.

— Ah vai se fuder, você tá roubando só pode – Caxias disse com raiva enquanto olha o amigo se gabar por ter ganhado.

— Eu não tenho culpa se advogadozinho é ruim – Tônico disse provocando.

— Ruim é a vaca da tua mãe – Caxias disse e Tônico rapidamente se levantou tacando a cadeira de plástico para trás.

Século 21 - Nos Tempos Do Imperador Where stories live. Discover now