A Filha do Astrônomo

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Nos picos eternos, o vento uivava como o lamento de filhos, homens e mulheres que viram seus parentes partir para a guerra.

No topo de um deles uma figura contemplava seus próprios pensamentos. De olhos fechados, se equilibrando na ponta de um pé, a jovem acrobata sonhava acordada, um sonho de mundos, magias, espadas, masmorras e dragões.

No meio do turbilhão de imagens ela viu novamente a única coisa que chegou a preencher de medo o coração de seu mestre, a coluna de energia que destruía tudo por onde passava, a materialização do próprio mal, daquele cujo nome não pode ser dito.

No ponto focal da origem da destruição uma pequena caixa segurada por um homem alto de feições demoníacas, com um único chifre vermelho e grandes asas de morcego abertas como em louvor pela criatura libertada.

Suando frio, a jovem abriu os olhos cheio de terror, e com um salto pulou no abismo formado pela íngreme montanha. Em plena queda livre, usou seu bastão mágico que se alongou centenas de metros e prendeu em uma fenda, que envergou em um arco quase formando um círculo completo, a fazendo pousar suavemente no chão. Ela soltou a arma, que pulou para o alto como uma mola, se encolheu e girou no ar caindo do seu lado, que ela prontamente agarrou com apenas uma mão antes de atingir o chão.

Dez anos se passaram, e sua habilidade, que antes era incrível, passou a ser fenomenal, treinada por monjes do monastérios do crepúsculo, cujas tatuagens adornavam seu corpo no ápice da perfeição física.

Diana, a filha do observador de estrelas, como era conhecida, sabia que tinha que reunir todos seus amigos para lutar contra o que estava por vir.

Caverna do Dragão - O RetornoWhere stories live. Discover now