[17] Sob as estrelas (pt 3)

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Song estava distraído quando um soco quase acertou sua mandíbula. Graças aos seus reflexos, ele conseguiu interceptar o punho do ômega com sua mão.

— Muito bem! — Ele o elogiou.
Estava ensinando o menor a lutar há três dias, e essa tinha sido a primeira vez que ele conseguiu quase o atingir.

— Não foi nada bem, ainda não
consegui te acertar um soco. — Hongjoong choramingou. — E estou cansado, suado e com fome.

— Vamos fazer uma pausa então.Você pode tomar banho quando quiser, estamos cercados por água, eu vou pe-... — O alfa parou de falar repentinamente e girou a atenção para o menor. — Espera, por que você quer me bater?

— Oh... Não é bem assim, não quero agredi-lo, eu só... Bom, eu só queria conseguir acertar uma única vez.

— Yunho, você foi criado a vida toda como se fosse um boneco de porcelana. Eu estou há mais de dez anos no mar, claro que-... — Paro de falar ao notar o olhar cabisbaixo do ômega. O que ele estava falando era de fato verdade, mas não iria lhe custar nada falar alguma coisa que realmente o motivaria. Ele cerrou o punho que havia interceptado o golpe do ômega, atrás das costas, fazendo com que sua palma fosse pressionada com força pelos dedos. — Além do mais, seu soco foi bem forte. A minha mão está doendo até agora.

Yunho mordeu o lábio, desconfiado.

— Só está falando isso para que eu me sinta melhor.

— Então veja você mesmo. — Ele abriu a mão mostrando sua palma avermelhada.

O ômega a encarou perplexo e um sorriso logo desenhou suas feições.

— Uau... Quer dizer, desculpa. Não quis bater tão forte. Estava empolgado...

— Não se preocupe.— Ele apontou para a água. — Tome seu banho.

— Mas só tenho essas roupas, a noite faz bastante frio mesmo com o abrigo.

— Então tire-as.

Choque rasgou o rosto do ômega.

— Não vou me despir na sua frente!

— Pode ficar apenas com as íntimas. — A expressão no rosto do ômega permanecia a mesma. — Yunho, eu já vi tudo. Você estava bastante exposto naquele leilão.

— M-mas é diferente... O que está fazendo?! — Questionou pasmo quando o alfa começou a despir-se.

— Não é óbvio? — Retirou a camisa de botões e a jogou no chão. — Estou tirando a minha roupa para dar um mergulho.

De uma só vez, ele abaixou as calças juntamente com a cueca. O ômega ficou mais vermelho que um tomate, e imediatamente ele cobriu o rosto com as mãos.

— Por deus, Song! Vista-se!

— Só se você tirar a roupa também.

— Não! Vista pelo menos a cueca que eu... E-eu tiro.

Mingi suspirou divertido, balançando a cabeça. Ele fez o que o ômega pediu e cobriu suas partes íntimas.

— Pronto.

— Está coberto?

— Sim.

– Song, se você estiver men-...

– Vai logo. — Interrompeu. Yunho abriu uma pequena brecha entre o indicador e o dedo médio, para espiar se o alfa realmente havia cumprido com sua palavra. Ele abaixou as mãos quando o viu vestido com apenas sua roupa íntima.

Mingi sabia que se ficasse olhando, ele nunca teria coragem de tirar a roupa na sua frente. Ele então se ocupou pegando seu punhal enquanto fingia fazer a ponta de uma lança, que usaria para pescar.

Storm - Yungi [ABO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora