O molho tinha ficado bom e o arroz foi bem simples de fazer, mas a carne havia queimado e nem uma batata resolveu o gosto de queimado. Como não dava tempo, ele deixou assim mesmo e correu para desligar as luzes do apartamento e tirar o vinho da geladeira. 

Se sentia nervoso, quase como se fosse o primeiro encontro deles. E se parasse para pensar, era mesmo o primeiro encontro desde que eles começaram a namorar. 

A chave na porta e o miado feliz de Alpine indicaram que Juliette chegou ao apartamento e Bucky correu para a sala, apagando a luz assim que ela acendeu. 

-Ué? Mas o que…! Ah! 

Bucky a interrompeu com um beijo, tirando ela do chão pelo quadril, enquanto fechava a porta com o pé. Isso fez Juliette rir, segurando o pescoço dele para se equilibrar, quando ele a pôs no chão. 

-Meu Deus, homem! Mas o que…? 

-Feliz dois meses, Gatinha! - Bucky desejou, beijando a boca dela de novo. - Fiz uma surpresa para você! Mas não pode ligar a luz! Vem cá! Deixa eu guiar você! 

Segurando os olhos de Juliette com as mãos e a guiando, eles chegaram à cozinha em alguns segundos. 

-Já posso olhar? - Ela perguntou, sorrindo, levemente impaciente. 

-Ainda não, Minha Boneca. Espera um pouquinho! Não abre os olhos! 

Juliette obedeceu, embora estivesse ansiosa. O som de talheres e das cadeiras só fazia com que ela quisesse abrir os olhos, ainda mais quando ela sentiu o cheiro de batatas e algo levemente queimado. 

-Espera mais um pouco! - Bucky pediu, acendendo as velas. 

-Está bem! 

Mais barulhos. Então, Bucky parou ao lado de Juliette e deu a mão a ela. 

-Pode abrir, Princesa! 

Juliette encarou a sua frente, acostumando os olhos com a escuridão. Na mesa da cozinha, algumas velas iluminavam uma travessa, além de uma panela, pratos, taças e vinhos. 

Ela arfou, encarando o rosto de Bucky, iluminado pela luz bruxuleante das velas. Sorrindo, ela se jogou contra ele, o beijando avidamente. 

-Gostou da surpresa? 

-Eu amei, muito! - Juliette sorriu, abraçada ao homem. - Isso é… A coisa mais incrível que já fizeram para mim! Ah, Bucky… Agora eu tô me sentindo péssima por não ter feito nada para você! Eu só… 

Ela deu de ombros, limpando umas duas lágrimas que escaparam dos seus olhos. 

-Você só…? 

-Eu comprei uma coisa para você, mas tô até com vergonha… 

-Me dá, Boneca! - Bucky pediu, abraçando ela pela cintura. - Qualquer coisa, eu vou amar! 

Juliette tirou a mochila das costas e pegou uma caixinha vermelha de dentro, levemente ruborizada. Eles se sentaram na mesa e Bucky abriu um sorriso ao perceber que era um relógio de pulso digital. 

Dangerous Connections ▪︎ Bucky Barnes Where stories live. Discover now