Ghost

Capítulo Três

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⠀⠀ Olá, meus querides leitores! ໑𓈒ʿʿ𖧷 ⵓ Hoje trago-lhes um romance que nasce de uma superação com o meu casal favorito dessa vidinha de fanfiqueira. É uma história bem antiguinha que estou repaginando. Espero que aproveitem a leitura e nos vemos lá no final deste capítulo maravilhoso!

Rose

Justin havia sumido, não respondia minhas ligações e nem em suas consultas ele veio. Dr.Lee esteve preocupado por alguns dias, mas havia falado com Justin no dia anterior  e o mesmo deve ter lhe dado uma desculpa bem convincente por que o Dr. deixou de vir em minha mesa a cada vinte minutos para saber se ele havia dado sinal de vida.

Devo confessar que não está sendo fácil, estava acostumada a ouvir a voz dele nesses últimos meses, pelo menos, três vezes ao dia, e agora tem semanas que ele não retorna as minhas ligações. Eu sei que o magoei, jamais deveria ter falado daquele jeito, pelo menos não naquele momento. Eu deveria saber que ele não reagiria bem a essa verdade, mas no fundo ele sabe que não teve culpa e que a culpa sim foi de sua esposa que escondeu dele o seu problema.

Porém, não a culpo, não sabemos o que é passar por algo assim, as pessoas têm suas formas para reagir a certas situações e Olívia teve a dela, mas o que Justin não consegue entender é que ele não tem culpa nenhuma nisso.

Estávamos indo bem, eu consegui ultrapassar as barreiras que ele havia criado. Não foi fácil, mas com muita paciência consegui fazer ele sorrir outra vez pro mundo. Ele estava indo bem, pelo pouco que me contou e os elogios do Dr. quando suas consultas terminavam, Justin evoluiu muito e estava próximo de dar um novo passo na terapia, ele iria tentar a regressão.

O que era algo esperado por Justin esses anos todos, ele deseja fazer a regressão. Nunca entendi muito bem o porquê, já que conheço bem o processo e as pessoas não saem muito bem deste consultório quando passam por isso, mas ele deseja isso e eu o apoiava. Mas agora, estraguei tudo, não escolhi o momento certo, eu estava preocupada, me revolta o fato dele se castigar por essa tragédia, porque eu sei o quanto isso o machuca e como ele fica depois de uma crise de culpa, não foram nem uma e duas vezes que presenciei seu estado, e tudo que eu não queria era ter ele longe.

25 de Novembro - 2:27am -Ap de Rose

Em algum lugar ao centro de Toronto -CAN

Acordo em um pulo com a campainha tocando sem parar, logo me levanto sem ao menos me preocupar com meu fino pijama e corro até a porta de entrada. Quem quer que seja batendo em minha porta está precisando de ajuda.

Ao olhar para o relógio acima do batente da porta fiquei ainda mais nervosa, só poderia ser uma pessoa, Justin, já que o porteiro não interfonou, só poderia ser ele.

Ajeito meu cabelo e passo a mão sobre os olhos para me despertar um pouco mais antes de finalmente atender aquele que tocava a campainha loucamente.

— Justin, meu Deus! – O abraço assim que abro minha porta. — O que aconteceu com você? – Desço meu olhar para seus braços e o encontro com alguns cortes sobre sua pele. – O que você fez?!

Sua camisa branca tem manchas de sangue seco, assim como a calça. Meu coração acelera no instante em que meus olhos sobrecaem sobre aquela figura triste e abatida à minha frente, nem de longe ele lembra o homem elegante e feliz das fotos de sua rede social.