Conhecendo O Amor 2 - O reencontro.

14•

-Curtindo um momento meu, pimentinha. - Bebeu mais um gole de sua cerveja. - Esses momentos são únicos. Temos que aproveitar cada momento de nossas vidas. E não há nada melhor do que sentar, e escutar nossas músicas preferidas.

Sorrio e o abraço.

-Concordo com o senhor vovô.

-Por isso minha netinha, que devemos perdoar mais, fazer tudo aquilo que temos vontade, nunca deixar nada pra depois. As vezes pode ser tarde, a vida é muita curta pra ficar colecionando mágoas ou qualquer coisa que nos traga aflição e arrependimento.

Eu sabia do que ele estava se referindo. Da minha amizade com Lexy.

-Eu acho que você já sabe o que fazer né? - Sorriu sereno. E eu assenti.

Pego um engradado de cerveja que estava na geladeira.

-Até mais tarde vovô.

Saio da cozinha e passo pela sala pra me despedir do meu filho.

-Mamãe vai ali, daqui a pouco estou de volta. - Dou dois beijinhos na cabeça dele. - Cadê seu pai? achei que ele estava de folga hoje.

-Ah, ele disse que ia resolver uma coisa mas que já estaria de volta. - Explicou. - Divirta-se mamãe.

-Obrigada meu amor. - Dou outro beijo, agora em sua bochecha. - Te amo além do infinito.

Ele cruza os dedinhos e eu sorrio.

-Tchau, queridinho. - Bagunço o cabelo de Tyler, ela me analisa.

-Vai beber com quem? Jessica está na casa dos pais de Becky...-Questionou.

-Que eu saiba eu não tenho só ela de amiga. - Pisco e me apresso a sair antes que ele faça mais pergunta.

Mando uma mensagem para Brad avisando que chegaria tarde, que depois eu explicava a ele.

Andei alguns quarteirões e finalmente cheguei. Pensei em bater inúmeras vezes mas não tive coragem, e então quando estou prestes a bater, ela abre a porta e da de cara comigo. Lexy estava obviamente surpresa.

-Aly...que surpresa você aqui. - Sorriu. - Vim jogar o lixo fora, quer entrar? - Diz olhando para minhas mãos e vendo as cervejas.

-Ah, claro! Trouxe cerveja. - Minha voz sai um pouco tremula, eu ainda estava em êxtase com a situação.

Entramos e seu cachorro veio logo me lamber.

-Olá Kyan! - O comprimento.

-Me deixa te ajudar com isso. - Pegou as cervejas e foi andando para cozinha. Peguei Kyan no colo e a segui.

Eu olhava tudo ao redor, e era tão nostálgico ver que nada havia mudado.

-Tudo continua o mesmo, né? - Sorriu me entregando uma garrafa de corona. Botei Kyan no chão e peguei, bebericando em seguida. Eu acho que Lexy está escondendo tudo que sente, a dor do luto para tentar sentir menos dor...mas isso só vai inflamar esse sentimento ainda mais por dentro. É claro que ela estava demonstrando não sentir, pois ela agora estava sozinha no mundo e não queria demonstrar que estava perdida e desnorteada. Essa era uma das características dela, nunca transparecer suas fraquezas. Me destruía por dentro saber que ela sentia que estava nessa sozinha.

-Sim, tudo exatamente no mesmo lugar. - Sorrio fraco. - Cadê Erica? - Sua madrasta estava devastada no enterro.

-Ah...ela resolveu ir embora pra cidade onde nasceu. Nesse momento ela disse que precisava estar perto da família, e que ficar aqui só trairia mais lembranças do meu pai. - Desviou o olhar e bebeu mais um gole da cerveja. - Ela insistiu para que eu fosse com ela, mas eu realmente prefiro estar aqui. Sozinha.