Desço as escadas e atravesso o enorme e largo corredor até o hall de entrada.
Entramos no carro e Paolo dá partida saindo da enorme propriedade da Villa.

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Depois de algumas horas na estrada, havíamos chegado no maldito rancho.

Ele só poderia estar testando minha paciência por querer ir de carro para o rancho, ao invés de irmos de jatinho para ser mais rápido.

O evento tinha sido organizado pela vó de Paolo, não fazia idéia por qual motivo se não fazia tanto tempo que a mãe dele havia feito um a pouco tempo atrás...

Adentramos o enorme casarão e vi alguns lustres e lamparinas espalhadas por todas as partes, o que havia me feito lembrar que era a ação de graça. Só não xingaria por ser respeitosa, pois eventos assim me dão preguiça.

O pôr do sol deixava o horizonte incrivelmente perfeito com tons alaranjados, Daire ama um pôr do sol desse jeito.

As pessoas do buffet passava de um lado para o outro servindo as pessoas. As mesas pelo que havia percebido, foi separada por patentes, e por incrível que pareça, os Faroni também estavam aqui. Acho que a única coisa que não fez meu coração acelerar, foi o fato dos Ricci não estarem aqui. Se eles recusaram o convite fizeram muito bem. A guerra entre as máfias que não haviam acontecido no outro evento - incluindo a Cosa Nostra- aconteceria hoje, pois a Banda Della Magliana, que é a máfia dos Ricci, cairia no pau com a Ndrangheta que é dos Faroni.
Daire ficaria doida por Vincenzo, o capobastone da Ndrangheta, que por sinal é muito bonito.

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O evento parecia não ter fim, havia algumas horas que estávamos aqui, fui apresentada a meio mundo da família de Paolo, que parecia ser maior que a minha. As mulheres da família dele, exceto eu, Giulia e Donatella, pareciam ratinhas parideiras nunca vi umas pessoas ter tantos filhos na minha vida como hoje, fora outros que já estavam perdidos pelo mundo. Esse não é o tipo de futuro que eu quero, não mesmo!

- Luma, você viu aquele homem de terno azul marinho?- perguntou Daire se sentando do meu lado.

- Sim! Ele é o capo da Ndrangheta. Vincenzo Faroni.

- Ele é muito lindo.- disse suspirando, como se nunca tivesse visto uma pessoa bonita na vida.

- Ele é muito velho para você. E disfarça, a mulher dele é louca, muito surtada.

- Tô ansiosa para saber do nosso bebê, sua barriga parece que nunca cresce.

- Estou no começo da gestação ainda, por isso.

- Mamma está me chamando, depois eu volto.- disse saindo assim que olha para Paolo.

Ele vem caminhando até a mesa onde estou, se sentando do meu lado e fica observando as pessoas ao seu redor com um copo de whisky.

Varro meus olhos por todos os cantos do deck aberto e meus olhos trava na cena de Vincenzo Faroni, e sua esposa. Ele a carregava segurando firmemente em seu pulso com um olhar frio como se fosse matar ela alí mesmo.
Daire que estava do meu lado, olhava toda hora para mim e sabia que estava doida para falar comigo, mas Paolo estava perto. Quando cansei de ver aquela cena ridícula, me levantei e caminhei para dentro da casa indo para o quarto. Talvez o que presenciei tivesse me deixado nervosa, não sabia o real problemas dos dois, mas a forma de como ele a tratava me deixava furiosa. Se uma pessoa assim como ele, fizesse isso com a minha mãe ou com Daire, eu não teria pena alguma de fazer uma tragédia.

Assim que adentro o cômodo, vou me livrando do vestido que prendia meu corpo durante toda a tarde e a noite e tomo banho para relaxar meu corpo.
Não demorou muito para que Paolo viesse atrás de mim, pois estava no meu pé igual pedra no sapato desde quando chegamos no rancho.
Sinto o calor do seu corpo dentro do box e o vejo completamente nú. Ambos estávamos de costas para o outro. Ele deveria mesmo estar testando minha paciência.

A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora