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Então eu sou lésbica ou bissexual?

Me questionava enquanto trocava passos com a Bianca no parque, a mesma sorria para a baby nos seus braços.

Como fomos parar lá?

Ainda naquela manhã confusa de uma noite louca que passamos.

Tomamos café, jogamos conversa fora com o Li, nos molhamos todinhas quando resolvemos que iríamos aguar algumas das plantinhas, jogamos mais conversas foras. Estávamos tentando descontrair e fingir que nada demais rolou entre a gente.

Eu me sentia totalmente a vontade com ela por perto, parecia que eu já a conhecia, são poucas as pessoas que conseguem te fazer sentir assim, na maioria das vezes você fingi ser alguém que não é só para agradar, mas eu não precisava disso, porque mais que isso, eu sentia isso.

-- Aqui tem alguma praça próxima? Pergunta a Bianca olhando em meus olhos.

-- Sim, a mais próxima fica a 5 minutos de carro. Respondo eu olhando nos olhos dela.

-- Vamos ? Fala ela toda empolgada. 

-- Oque sério? Mas você quer ? Pergunto eu.

- Sim, Sim , por favor. Responde a Bianca ajeitando o cabelo. Os olhinhos dela brilhava quando estava falando parecia uma criança pidona.

- Esta bem, já que insiste né! Respondo eu em tom de riso. Ela pegou em minha mão e falou.

- Muito obrigada! Ela tem mãos macias, sensíveis tocaram a minha mão mas eu sentir tocando outra coisa.

Bianca ficou com a baby no banco de traz, ficou cantando umas musiquinhas animadas para ela. Eu fiquei no banco da frente com o Li o nosso motorista.

- Bianca cê tem que parar de cantar, essa rua é linda eu não estou conseguindo me concentrar com essa voz mais linda ainda, a vontade é de olhar para quem está cantando. Falo com ar de riso.

O Li olhou entre o retrovisor e deu uma risada baixinho balançando a cabeça.

- Desculpe, eu me empolguei. Fala Bianca toda vermelha.

- Ah, eu estava brincando você pode cantar sempre por favor. Falo um pouco constrangida, mas ainda sim sorrindo. Jogamos um monte de conversa fora até chegar lá.

O dia estava realmente lindo, assim que desci do carro o sol veio ao meu encontro, mas logo depois que saímos caminhando em direção ao parque as árvores o esconderam, apenas surgiam pequenos raios de sol em minha face. Peguei a  em baby meus braços e passei um tempo com ela, brincando e conversando

AH COMO EU AMO A BABY. (não temos nome ainda)

Em quanto isso a Bianca caminhava olhando para as árvores.

Bianca Pensamento:

As árvores de alguma forma me espiram para viver, elas são tão únicas tão verdadeiras. Elas vão de um lado para o outro quando um forte vento vem, mais ainda sim não caem. 

Pensava eu em quanto andava pelo parque olhando as árvores, eu estava me sentindo em um filme literalmente

- Sei que um dia você vai entender a mamãe filha, eu só quero que saiba que eu te amo muito e vou tentar ser a mãe que você merece.  falava Eduarda em quanto beijava e fazia carinhos na baby.

Bianca ps...

- Talvez oque tenha acontecido tenha sido apenas impulso, talvez tenha sido um beijo e nada mais, mas foi além de um beijo quem eu estou tentando enganar ?

Eu gostei, não eu não gostei, eu estou confusa ainda, árvores me ajudem...

-Hey! Se continuar se afastando tanto, uma hora você não vai saber mais como voltar. Fala Eduarda em tom alto e sorrindo pra mim de longe.

Voltei e novamente me sentir em um filme indo em direção a pessoa amada. Chegando perto não pude me conter eu iria beija-la mesmo com a baby em seus braços. 

Mas daí a baby começou a chorar, ela estava com fome.

- Você vai ter que dar de mamar a ela. Falo mordendo os lábios e olhando fixo nos olhos dela.

- Eu não sou boa nisso não dar, eu não, não. Fala Eduarda ficando muito muito vermelha.

Peguei a baby que ainda chorava em meus braços e a Eduarda deu as costas voltando para o carro. Então fui atrás dela.

Chegando lá eu pedi para o Li ir da uma volta iríamos ficar bem, ele me olhou do tipo, mas foi.

Entramos dentro do carro com uma das portas aberta, mas raramente passava alguém por ali. Ainda com a baby em meu colo segurei a mão da Eduarda.

- Você consegue, e se não conseguir você tenta de novo e de novo. Falo olhando fixo em seus olhos e sorrindo.

Tirei lentamente e apenas com uma mão, seu botão que prendia a blusa, ela estava com uma camiseta por baixo. Ela fez o favor de tirar apenas a primeira.- Pegue ela. Falo eu estendendo meu braço com a baby, no banco apertado de traz.

- Ta vendo aquele botão ali? Fala a Eduarda olhando pra mim e apontando um botão.

- Sim. Respondo eu.

- Aperte-o pra mim por favo. Fala ela tentando esconder o sorriso.

Era o ar do carro estava ficando quente ali dentro, mais ficou um ar fresco em seguida. Eduarda Com a baby em meus braços e a Bianca olhando fixo em meus olhos, eu fiz. Sabe quando você não faz uma coisa na frente das pessoas por que tem medo de errar? Tem um medo extremo de errar. 

A baby começou o processo, a Eduarda segurou em uma das minhas mãos que estavam sobre a baby e me beijou um beijo bem de leve, e foi saindo bem de vagar olhando em meus olhos.

- Ser mãe está no seu coração. Fala Bianca enlaçando nossas mãos.

- Esta certo? Quero dizer a forma como estou fazendo . Falo com um sorriso de envergonhada.

- Sim, a propósito que peitos lindos, você tem. Fala Bianca fazendo graça sorrindo e um pouco envergonhada.

Eu dei uma batida na mão dela, do tipo *paran*.

Logo depois fomos para o parque, dessa vez levamos o carrinho da baby e a Bianca ficou com ela. Em quanto eu caminhava um pouco.

Eduarda pensamento:

- Oque deve esta fazendo o Matheus? Ele não me liga ele não manda Email não manda mensagem, ele deve esta bem onde está. Mas eu não estou bem eu acho, antes de ontem eu me conhecia, hoje eu descobrir que eu não me conheço ainda estou me conhecendo aos poucos, quero me encontrar encontrar o verdadeiro eu, eu posso está confusa isso pode ser só uma fase, não fizemos amor e eu amei, mas pode ser apenas uma fase que estamos passando, mas como eu posso ter amado a ponto de fazer de novo cada detalhe daquela noite? Então eu sou lésbica? Porque estou pensando essas coisas? 

Pensava eu em quanto andava observando tudo ao meu redor. Reparei que havia um grupo de pessoas conversando com algumas plaquinhas nas mãos. Isso era interessante pois cada um deles estavam vestido com uma cor diferente mais juntos formavam uma coisa só, que eu não sábia direito oque era.

Ainda caminhando passei por perto deles, dei uma espiadinha com o canto do olho e pude ler uma das placas, que tava escrito.

"Seja bem vindo toda forma de amor".


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A babá - DuancaWhere stories live. Discover now