Depois de brincar com a gata por alguns minutos e sair com a mão e os pulsos arranhados e mordidos, Juliette decidiu tomar um banho e enfrentar o dia de uma vez. Precisava se posicionar com Bucky e comunicar sua decisão, além de tudo, e adiar o inadiável só provocaria mais sofrimento. Portanto, ela jogou o lençol para o lado e levantou da cama, pegando uma muda de roupas e toalha. 

Juliette marchou para o banheiro, abrindo a porta de uma vez, mas acabou paralisando ao olhar direto para uma bunda. Arregalando os olhos, ela percebeu que Bucky estava tomando banho, ensaboando o cabelo tão distraído que nem percebeu que a porta estava aberta. 

Ao menos, não até ele se virar para pegar a toalha e enxugar o rosto, abrindo o registro do chuveiro de novo. 

Olhos azuis encontraram os marrons e Bucky quase foi ao chão enquanto tentava puxar a cortina do box para tampar da cintura para baixo, exclamando, indignado: 

-Meu Deus Amado! Juliette! Mas que porra…?! 

-Eu… - Ela foi do branco ao azul em segundos e ele conseguia sentir o constrangimento dela do chuveiro. - Quer dizer… A porta… 

-Eu achei que você estava dormindo, caramba! - Bucky reclamou, tentando alcançar a toalha perto do vaso. - Como eu ia saber que…? Ah, mas que merda! 

A cortina do box caiu do suporte, atingindo a cabeça dele. Tonto, Bucky deixou o cortina cair no chão do banheiro, revelando seu corpo inteiro, o que fez Juliette arregalar os olhos, paralisada. 

Não que ela fosse uma pervertida. De jeito nenhum. E não que ela nunca tivesse visto o corpo dele porque, na verdade, tinha acabado de dormir com Bucky apenas usando uma cueca. Mas a verdade seja dita, por mais irritada e chateada que estivesse com ele: O homem era lindo! 

Finalmente, Bucky conseguiu enrolar a toalha na cintura e, com a cabeça cheia de espuma e o rosto pegando fogo, ele encarou Juliette. Ela ainda estava, claramente, em choque, encarado seu quadril. Bufando, ele cruzou os braços e revirou os olhos. 

-Eu sei que eu sou lindo, Juliette, e muito acima da média, mas pode parar de me encarar, por favor? 

Para seu espanto, ela arregalou os olhos e o encarou, surpresa. 

-Muito acima da média?! Como assim?! 

Bucky respirou fundo, enfiando um tapa na própria testa e pedindo paciência a Deus. 

-Será que eu posso terminar a porcaria do meu banho, mulher?! 

-Ah, certo… É claro! - Ela sacudiu a cabeça e deixou as roupas e a toalha na pia. - Precisa de ajuda? 

Bucky ergueu as sombrancelhas, largando abruptamente o suporte da cortina. 

-Para tomar banho?! 

-Que?! Não! Para a cortina! Eu só… Ah, quer saber? Esquece! Eu vou… Hmm… Sair. 

Ele assentiu, tentando não manter contato visual com Juliette, até ver ela sair correndo. Xingando, Bucky berrou; 

-Podia ter fechado a porta de novo! 

Como não obteve resposta, ele saiu do box e bateu a porta, respirando bem fundo. Normalmente, não ficava tímido na frente de uma mulher, mas porra… Só a forma como Juliette arregalou os olhos na direção dele e não os tirou de cima fez Bucky querer cruzar aquele banheiro e a prensar contra a parede, a beijando. Isso exigiu um esforço sobre-humano da sua parte para não ficar nem um pouquinho excitado e assustar ela ou parecer um canalha. 

Dangerous Connections ▪︎ Bucky Barnes Where stories live. Discover now