Capítulo IX - Livin' like we're renegades

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Mas aqui, eu posso confessar que estou com um pouco de medo de estar no completo breu.
Estou em uma terra desconhecida, com gente desconhecida.
Me aliando ao maior traidor do mundo bruxo e gostando de uma guia espiritual maluca da cabeça, que aparentemente ninguém mais gostava.
 

No entanto, havia algo nela. Eu podia ver que tem algo muito bom. Além dela ser incrivelmente má e inteligente, como Peter a descrevera.
 

Hoje por exemplo, ela parecia tão cansada quanto todos nós aqui.
Como é passar a eternidade fadado a cumprir ordens que aparentemente você não quer mais seguir?
 

– Todos já passamos por isso antes, Moony – James se pronunciou.
 

– E enfrentaremos isso da mesma forma que sempre enfrentamos – Sirius disse.
 

– Juntos – Pettigrew pronunciou baixo, quase inaudível. Provavelmente aquelas palavras já foram ditas milhares de vezes enquanto eles ainda formavam o quarteto dos Marotos.
 

Mas Remus o escutou.
 

– Juntos Peter? Você me deixou sozinho enfrentando isso por 12 anos! Enquanto Sirius apodrecia em Azkaban. Você agora ficará ao meu lado? Não é um pouco tarde? – é parece que a roupa suja vai começar a ser lavada.
E apesar de agora eu ser amigo de Peter, eles precisavam se resolver.
Então é preferível que eu fique bem quieto no meu canto tomando esse suco perfeito de abóbora que foi feito pela mulher que eu estou afim.
 

Observei Peter o encarar, por alguns segundos.
Mas pareceram ser mais, já que todos estavam em completo silêncio após a fala de Remus, esperando uma resposta de Peter.
 

– Eu precisei ir embora – Peter o rebateu.
 

– Fugiu como um covarde! – Sirius complementou.
 

Peter ia rebater mais uma vez eles. Porém algo o prendeu. Como quando estávamos no lago, e ele ia dizer algo mas hesitou e escondeu suas palavras.
O quê Peter estava escondendo?
Ele tinha medo que todos soubessem que ele não era tão ruim assim?
 

Ele suspirou fundo, fechando sua expressão.
 

– Para o mundo bruxo eu sou o maior traidor.
Para Harry, talvez eu seja pior que Voldemort.
Para vocês eu sou a escória dos Marotos.
Mas eu disse antes, e vou voltar a repetir: eu não me arrependo de nada do que fiz – uau, não era bem isso que eu esperava ouvir ele dizer. Péssimo jeito de fazer as pazes, amigo.
 

Será que ele queria tomar outro soco?
 

Porém tinha algo errado.
Peter estava falando calmamente.
Não como alguém ruim, beirando o nível de psicopatia. E sim como alguém que faria tudo de novo para ter o mesmo resultado.
Espera... aí meu deus!
 

Peter se levantou da mesa e eu me levantei junto para ir atrás dele.
Mas ele se virou antes que eu pudesse segui-lo.
 

– Não, Fred. Eu sei que você acha que vale a pena. Mas não vale. Não por mim! - eu o olhava atentamente.
O que aquele idiota ainda não tinha entendido? Eu não iria deixá-lo – Eu só quero ficar sozinho, por hora! – e saiu da sala de jantar.
E pude ouvir a porta da casa batendo, indicando que ele agora estava do lado de fora.
 

Talvez ele esteja certo.
Sobre ele não valer a pena? Não. Sobre ele precisar ficar sozinho.
Ele realmente precisa. Não sei como eu lidaria com o ódio escancarado das pessoas sobre mim. Apesar de ser merecido, devia doer.
 

– Por que? – Snape perguntou para mim. Com certeza ele se referia a minha amizade com Peter.
 

Tudo bem, eu sou bem calmo, sabe? Mas acho que aquela pergunta foi a gota para inundar os sentimentos que eu não queria colocar pra fora.
Senti o calor subir. A magia queria sair.
 

Hiraeth - The Comeback Where stories live. Discover now