fifteen - under the mountain

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— Não sei se consigo ir sem você.

— Claro que consegue. Você é forte, consegue fazer tudo que quiser. — Puxei ela até uma sombra e encostei nossas testas. — Confio em você, Fey. Te encontro do outro lado. 

Deixo um beijo na testa dela e sigo na direção que, aparentemente, contornaria a pedra. Ao longe era possível escutar alguém conversando, murmúrios sobre a maldição – alguns comemoravam, outros tentavam não demonstrar o ódio que sentiam –. Os corredores não estavam iluminados o que facilitava me esconder quando julgasse necessário, mesmo que tudo estivesse em completo silêncio. Os sentidos eram uma boa forma de matar nesse lugar. 

Entre corredores e mais corredores encontrei uma sala com duas portas grandes e antigas abertas. Me escondi na sombra que ela proporcionava e tentei escutar alguma conversa vindo da câmara atrás de mim, ocasionalmente olhando para o corredor para ver se alguém aproximava-se. Quando escutei a primeira voz minha mente e corpo ficou em alerta, mas foi a segunda que me fez congelar no lugar. Feyre. 

— Mas vou fazer um negócio com você, humana — propôs a primeira voz, e minha mente ficou em alerta mais uma vez. — Complete três tarefas escolhidas por mim, três tarefas para provar o quão profundo são o senso de lealdade e o amor dos humanos, e Tamlin é seu. Apenas três pequenos desafios para provar sua dedicação, para provar a mim, ao querido Jurian, que seu tipo pode mesmo amar, e poderá ter seu Grão-Senhor. — Não conseguia ver, mas tinha certeza que era Amarantha ali fazendo um acordo com Feyre. — Considere isso um favor, Grão-Senhor, esses cães humanos podem deixar nosso povo tão cego de desejo que perdemos todo o bom senso. É melhor que veja a verdadeira natureza dela agora.

— Também quero a maldição quebrada — Feyre disparou —Completo todas as três tarefas, e a maldição é quebrada, e nós, e toda a corte de Tamlin, podemos sair daqui. E ser livres para sempre.

— É claro — ronronou a primeira voz. — Incluirei outro elemento se você não se importar, apenas para ver se é digna de nosso povo, se é inteligente a ponto de merecê-lo. Darei uma saída a você, menina. Complete as três tarefas, ou, quando não aguentar mais, só precisa responder uma pergunta. Um enigma. Resolva o enigma, e a maldição será quebrada. Instantaneamente. Nem mesmo precisarei erguer o dedo, e ele estará livre. Dê a resposta certa, e ele é seu. Pode responder a qualquer momento, mas, se responder incorretamente... 

Havia algo de errado em tudo isso. Amarantha era sádica o suficiente para não fazer um acordo onde sairia ganhando, ela tinha conseguindo aprisionar sete Grão-Senhores com o rosto de boa moça. 

Repassei tudo que ela havia falado o mais rápido que consegui, Feyre concordaria com aquilo. Estava cega de amor o suficiente, não tardaria em encontrar uma forma de libertar Tamlin. Provas e um enigma. O que tinha demais nisso?

Não sei quanto tempo passei pensando nisso, mas foi rápido o bastante para Feyre não concordar. Amarantha perguntou se Feyre concordava e ela hesitou em responder, Fey sabia que havia algo errado. Antes que ela pudesse responder qualquer coisa entrei no salão. Ele era entalhado em pedra pálida e escorado por inúmeras pilastras entalhadas – histórias de Prythian entalhadas em pedras –, candelabros pendiam entre as pilastras manchando de cor o piso de mármore vermelho. 

Grão-Feéricos ocupavam cada lugar do salão e na minha frente estava dois tronos, o menor com um Tamlin quieto e levemente assustado; no maior, Amarantha. Já havia visto em uma daquelas visões na Primaveril, a imagem da ruiva não me assustava mais. O colar com um osso ou o anel com o olho de Jurian não me assustavam mais. Não abaixei a cabeça por um segundo. Todos falavam que eu seria uma rainha, então, por que não fazer esse papel na frente da Grã-Rainha? Comecei a falar apenas quando parei ao lado de Feyre.

Corte de Amores e Segredos - ReescrevendoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz