Ok, até que isso faz sentido na minha cabeça. Duas classes de demônio, a superior morre se for curada. Beleza.

Draco é da superior...

- Mas então como a profecia fala "Mas dócil um dos grandes deve ficar?" - Perguntei sentindo o meu coração apertar e um pressentimento ruim sobre isso. 

O silêncio que se seguiu já foi resposta o suficiente. 

A gryffindor quer capturar um demônio de classe superior e "purifica-lo" até a morte. O que seria basicamente uma tortura, uma obra complicada e bárbara de fazer o demônio agonizar até finalmente deixar de existir... Não voltando para o inferno como uma alma a ser dilacerada, mas desaparecendo do nada indo para sabe se lá onde.

Puta que pariu. 

- Draco. O pesadelo - Minha cabeça girava e tudo fez minimamente sentido ao mesmo tempo que não. 

O resumo da minha brilhante vida.

- Você acha que o seu pesadelo era esse selo? Alguém curando um demônio? Uma visão do futuro? - Draco perguntou aflito. Em poucas vezes o vi assim. 

Apenas concordei com a cabeça sentindo ganas de me virar e vomitar ali mesmo, e duvido que seja só pela ressaca, pois essa situação toda me da vertigem.

O que falei foi o suficiente para o loiro sair do estande de tiros apressado, tendo Pansy correndo logo atrás. 

Passei as mãos pelos cabelos antes de respirar fundo e ir atrás deles correndo, tendo que me esforçar o dobro por ser o "humano" sem super velocidade dali. 

- Que merda está acontecendo? - Pans questionou enquanto Draco nos guiava corredor após corredor até uma sala que nunca havia entrado antes pois estava sempre trancada. 

- Draco acha que os pesadelos que eu venho tendo podem ser premunições. E em um deles vejo uma mulher loira de meia idade, mas bonita sendo torturada. Era como se sua pele pegasse fogo, sua alma fosse partida... - Falei no automático e sem fôlego, literalmente correndo pra seguir o Draco.

- QUE? CALMA DRACO, VOCÊ ACHA O QUE EU TO PENSANDO? - Pansy gritou, mas o loiro nem deu ouvidos. 

Adentramos a sala, e a primeira vista ela parecia vazia e mal iluminada. Draco se virou pra mim com uma cara que era um misto de culpa, preocupação e raiva.

- Dray, o que estamos fazendo aqui? - Perguntei com a voz falhada, segurando pra parecer forte e não assustado como estava me sentindo. 

Apavorado na verdade, pois minha mente era um misto dos meus sentimentos, do príncipe do Inferno, e da híbrida. E eles estavam nervosos, me deixando quase que agonizante devido a pressão disso em mim por causa dos meus poderes. 

- Eu não tinha sacado antes. Mas essa descrição, todo isso de ser um demônio maior... O que é maior do que a mãe de todos os demônios? 

Draco me abraçou e eu continuei sem entender nada, mas isso parecia muito uma despedida. Por que parecia uma despedida? 

Eu não gosto de despedidas... 

- Draco acha que vão tentar curar a mãe dele, Lilith e por isso vai voltar para o inferno - Pansy completou meio amuada. Ela também estava tensa e preocupada. 

- Quê? Como assim? Draco, me diz que é mentira. Você falou que o tempo funciona diferente lá, quase que imprevisível e inexistente. Dias aqui na Terra são meras horas aleatórias lá no Inferno... E a gente não sabe como funciona os meus pesadelos, se eles sempre vão se concretizar ou podemos impedir. E se estivermos errados? E se o Demônio maior for você, e não sua mãe?

APOCALIPSE/ DrarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora