Vejo que os meus amigos estão comentando sobre o assunto também. Meu coração começa a palpitar e a minha boca fica seca apenas pensando na possibilidade disso ser real.
— O que aconteceu, prima? — a minha prima me pergunta mas eu não consigo responder. Minhas pernas ficam fracas e me forçam a sentar rápido na cadeira antes.
Entro no WhatsApp para falar com o Vinn.
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Tô começando a acreditar que é verdade. Minha prima Wanessa fica sabendo a razão do meu nervosismo então me entrega um copo de água.
— Eu já tentei ligar para ele mas ele não atende ou não me responde.. — mordo meu lábio e me levanto. — Eu vou voltar para a cidade.
— Não, S/N. Nós estamos em uma fazenda a horas da cidade, amanhã você fala com ele. Eu tenho certeza de que é apenas boatos. — Wanessa acaba me convencendo.
Decido tentar dormir, vou fingir que isso tudo é uma mentira. Amanhã meu amor vai dizer que é outro boato envolvendo o nome dele.
O dia nem amanheceu direito e eu já voltei para a cidade com o meu primo, eu apenas mandei ele avisar a minha família que eu precisei resolver um problema da faculdade.
Corro rápido para o apartamento do Vinn, eu já tenho a chave então eu entro. Me assusto com a quantidade de pessoas que estão dormindo pelo chão, outras estão no sofá e tem uma pessoa até em cima da mesa. Os copos sujos estão espalhados pelo chão, assim como as cervejas e as comidas.
Não encontro o Vinn então subo até o quarto dele. Abaixo a cabeça e respiro fundo, que ele não esteja com ninguém, que ele esteja sozinho, por favor..
Entro no quarto e vejo o Vinnie beijando a Nailea, ele segura o rosto dela assim como faz comigo. Essa cena embrulhou meu estômago, me fez querer vomitar. Meus olhos começam a lacrimejar mas eu seguro o choro.
— Vinnie, o que é isso? — pergunto com a voz falhando.
Ele se assusta e quase cai da cama. Ele não esperava que eu chegasse agora.
— S/N? você não ia voltar apenas amanhã? — ele nem sequer se levanta. Apenas permanece no mesmo lugar.
— Era o que você queria? — solto uma risada e a Nailea se levanta e eu lanço um olhar fuzilador para ela. Essa garota estava ciente de que o Vinnie é comprometido, bem.. era.
— Te vejo por ai, Vinnie? — Nailea pergunta calmamente. Fecho os olhos e respiro fundo para não bater na cara dela.
— Sim... — Vinnie sussurra e a garota sai do quarto. Abro a boca sem acreditar.
— Quem é esse que está aqui na minha frente? — pergunto olhando nos olhos dele. — Eu não estou te reconhecendo, Vinnie.
Ando até o armário dele e começo a pegar as minhas roupas.
— S/N, a Nailea acabou um namoro e ficou chorando, ela estava precisando de um ombro amigo ontem.. eu apenas ajudei ela. Eu fui manipulado, você não vê? — ele solta uma risada baixa. Eu sou uma piada para ele?
— Que nojo. — Faço uma careta e nem sequer olho no rosto dele. Termino de colocar minhas roupas na mochila, não são muitas.
— S/N — ele segura meu braço quando eu estou perto da porta. — Não me culpe.. —junto as sobrancelhas sem entender. — Culpe a noite..
— Vinnie, você deve estar bêbado ainda. Eu não sei. — olho nos olhos dele e vejo que estão cansados. — Mas é bom porque facilita pra mim. Não é como se meu namorado estivesse aqui, agora. — Abaixo a cabeça e sinto as lágrimas caindo no meu rosto. — É como se fosse um estranho.
— Me desculpa.. — ele fala baixo mas eu nego com a cabeça. — Eu só estou com medo de te perder.
— Bom, vejamos.. você estragou o que nós tínhamos, eu sou uma piada para os seus amigos, a Internet inteira sabe que eu fui corna... — rio sem vontade. — Minha resposta é não. Não te desculpo.
Ele beija o meu pescoço então eu fecho os olhos segurando os ombros dele, por um momento eu me lembrei do tempo em que nós fazíamos isso. Mas a cena dele me traindo veio na mente então eu o empurro e saio da casa dele o mais rápido possível.
