capítulo quatorze

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Mal abri a porta de casa e já dei de cara com meu pai e o vizinho do condomínio sentados em duas poltronas, tomando seus cafezinhos enquanto falavam mal do senhor que morava na casa da esquina

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Mal abri a porta de casa e já dei de cara com meu pai e o vizinho do condomínio sentados em duas poltronas, tomando seus cafezinhos enquanto falavam mal do senhor que morava na casa da esquina.

— Ele pintou a casa de propósito, havíamos combinado na última reunião do condomínio que iríamos manter o padrão de casas com tons neutros aí ele vai lá e pinta a casa de amarelo?! É um desaforado mesmo, por isso que a esposa coloca chifre nele. — o senhor Choi falou com indignação, balançando a cabeça negativamente com uma expressão de desgosto.

— Você ficou sabendo que a Sunmi do 304 pegou a mulher dele no flagra fazendo nheconheco com o zelador? — meu pai fofocou, fazendo o outro abrir a boca em choque. — É, homem... Fiquei de queixo caído quando Sunmi contou.

Fiquei parado olhando eles, um pouco apavorado com o teor das fofocaiadas do condomínio, e então voltei a caminhar, indo em direção ao meu quarto após um educado e breve acenar para o meu pai e o seu amigo.

Joguei minha mochila no chão e tomei o banho mais rápido da história, apenas para adiantar o meu encontro com Hyunjin. Ele havia me convidado para dormir na sua casa hoje, já que amanhã era sábado e não teríamos aula.

Era impressionante o quanto a nossa amizade havia evoluído, eu já não tinha vergonha mais nem de peidar na frente dele e o pior é que nem era meme.

Coloquei uma blusa branca lisa e uma calça de moletom preta, calcei meus chinelos e não me preocupei em pentear meus cabelos molhados, enfiando rapidamente um pijama em uma mochila vazia junto com minha escova de dentes, carregador de celular e um par de meias para dormir.

Sim, eu só conseguia dormir se estivesse vestindo meias nos pés.

Peguei a mochila e desci as escadas rapidamente, encontrando minha mãe muito bem arrumada e elegante no meio do caminho.

— Ih, onde a senhora pensa que vai toda bonitona? — perguntei com um tom de voz ciumento, olhando minha coroa de cima a baixo.

— Olha como fala comigo garoto! — ela me deu um tapa na nuca. — Onde o senhor pensa que vai?! Não tem mãe não? Simplesmente sai sem avisar, Lee Minho?

— Vou ir dormir na casa do Hyun. — falei, fazendo a carranca da mulher sumir no mesmo instante e em seguida sorrir radiante.

— Ah, vai logo! Não deixe seu homem esperando! — ela exclamou animada, me empurrando pela escada.

— Que? Meu homem? — indaguei com as bochechas coradas, sendo enxotado para fora de casa.

— Filho, querido... Eu sei de tudo... — ela falou com uma expressão enigmática. — E o que eu não sei, a moça do centro espírita me fala.

E então ela fechou a porta.

Ponto de interrogação, ponto de interrogação.

Dei de ombros e segui meu caminho até a casa ao lado, não me dando o trabalho de bater na porta e simplesmente entrar pois sabia que estava aberta. Por a casa ser de planta aberta, consegui avistar Alina na cozinha, preparando algo muito cheiroso.

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