Teacher Stan- Melancholic

Capitulo 2

Minha mãe nos deixou quando eu era bem pequena, mas Bellamy ja tinha consciência do que estava acontecendo. Meu pai, sempre com suas bebedeiras e minha mãe sempre extressada com seus filhos, brigavam constantemente,a noite principalmente. Quando pensavam que ja tinhamos dormido, era quando aconteciam os piores momentos e xingamentos, brigas e, suspeito pelos gritos que violência de ambas as partes. Era horrível. Mas Bellamy sempre entrava no meu quarto e ficava junto de mim, cobrindo meus ouvidos e abraçando.

Um dia, Bellamy ja tinha ido pra escola e meu pai tinha tido um dia de folga, passando o dia comigo e com minha mãe. Não lembro muito bem o que aconteceu, minha memória não tem acesso a esse dia, so sei que foi minha culpa o que aconteceu. So sei que, Bel se fechou completamente para si, minha mãe nos abandonou, e meu pai se afundou cada vez mais. Apesar de Bel não ter mais todo o amor que tinha comigo, tentou me criar com carinho, sabendo que meu pai não iria fazer nada para minha criação.

Quando o sinal toca, desvio meu olhar da janela que estava parecendo mais interresante que minha aula e me levanto. Olho pra Sienna, e vamos pra porta. Eu odeio escola. Será que um dia eu irei olhar pra tras e sentir falta disso? É o que todos dizem

- Senhorita Dolk.- professor Stan chama meu nome quando ja estou na porta, levantando a cabeça e acenando, eu querendo fugir imediatamente desse ambiente infernal.

Professor Stan é um cara que com certeza era daqueles famosinhos no colégio, todo mundo gosta dele por ter um linguajar igual ao nosso, afinal ele é so alguns anos mais velho que a gente, e ser muito gentil, mas gentilezas nunca são so um ato inocente, tem sempre algo por traz, algo que a vida me ensinou. Claro que ele é extremamente atraente e bonito, mas isso não muda nada. So tem mais meninas que o comum nessa classe.

Olho para Sienna com olhar de tédio, que apenas ri e vai esperar do lado de fora. Isso vai ser dolorido, e não de um jeito bom.

-Sim meu querido professor?- olho pra sua mesa onde ele não tira os olhos de alguma porcaria que está arrumando e se senta, fazendo sinal para que me sentasse na cadeira a sua frente. Ja estou impaciente.

-Estou seriamente preocupado com você. Olhou para o quadro 4 vezes hoje, só fica olhando para- ele suspira olhando a janela- nem eu sei para o que. É mais importante que a fórmula de baskara?

Eu rio, mas sua cara não se abala

-Acho que qualquer merda é mais importante do que isso professor.

- Bom, você vai ter que se concentrar em mim. No que eu falo, e no que eu exijo de um comportamento para um aluno de ultimo ano. Não é facil prestar atenção em todas as varias matérias que vocês tem, mas estou disponivel a fazer o possível pra que isso aconteça.

Seu tom é forte, talvez, me atrevo a chamar de dominante pela forma que sua voz soou. Mas que babaca, todo simpático esse professor. Até parece que o sistema está funcionando perfeitamente bem pelo jeito que ele fala.

-Me concentrar em você é uma das razões pra desconcentrar na matéria.

Meu deus, o que eu falei? Realmente, estou precisando diferenciar o que eu posso pensar para o que eu posso falar. Uma parte de mim gosta da ideia de tira-lo do sério, irritar figuras de autoridades é sempre bom.

Minhas palavras, dessa vez, surtiram uma reação, ele levantou uma sombrancelha e me encarou, ou melhor, encarou meus labios por uma fração de segundo. Mas não deixou que isso o abalasse.

- Eu honestamente não sei como você passa em qualquer outra matéria, tendo esse comportamento.- ele olha pra mim finalmente. - tem algo mais interresante do outro lado daquela janela?