Bonus 🐯

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P.O.V CECÍLIA.

Minha cabeça rodava como um carrossel, meus olhos pareciam que iam queimar em todas as tentativas fracassada de abri-los.

- Aí minha cabeça.- Digo me sentando e passando a mão na minha cabeça.

Pisco os olhos tentando me acostumar com o pouco de luz que vinha de uma porta aberta, logo olho ao meu redor não reconhecendo nada, fico desesperada, em alerta, tiro a coberta que me cobria e cautelosamente toco o chão com meus pés, passo a mão pela cama procurando meu celular, que não estava lá. Uso a pouca luz para achar algo que eu possa usar para me defender, encontro apenas um abajur, terá de servir.

Caminho lentamente até a porta abrindo devagar, confiro o corredor e vejo que não tinha ninguém, em passos lentos e cauteloso me aproximo da enorme escada que havia, ouço a voz de um homem vindo do andar de baixo, meu coração automaticamente acelera. Desço devagar cada degrau, buscando com meus olhos onde estava vindo aquela voz.

A casa era bonita, gigante, bem organizada, cheirava tão bem mas isso não significa nada, não para mim, tenho uma certa experiência nesse tipo de armadilha.

Vejo o homem de costas para mim falando com alguém no telefone, a pouca luz ajudava a me camuflar, em passos discreto me aproximo dele sem que o mesmo me perceba e sem excitar acerto o abajur em sua nuca, de uma forma que o faça cair no chão.

- Porra... caralho sua maluca.

Ouço o homem gritar e logo segurar meus braços, estava pronta para acerta-lo em um golpe de kung fu.

- Sou eu Cecília maluca.

De repente o rosto do irmão de Ana foi surgindo das sombras, ele me olha irritado.

- O que? Oziel?.- Pergunto confusa.

- Você não podia me chamar como uma pessoa normal?.- Ele pergunta sério.

- Normal?.- Sussurro em tom de deboche.- Eu não sei onde eu estou.

Digo tirando suas mãos de mim e o encarando.

- Está na minha casa.- Ele responde como se fosse o óbvio.

- Porque estou aqui?.- Questiono segurando ainda o abajur.

- Eu te trouxe, depois de você ficar maluca de maconha e me atacar.- Ele diz e eu faço uma grande expressão de interrogação.

- Me trouxe para sua casa?.

- Você é surda caralho?.- Ele responde ríspido.

- Eu vou acerta a sua cabeça.- Digo o ameaçando com o abajur.

- Abaixa essa porra menina.- Ele diz levantando a mão em minha direção.

- Que tipo de pessoa você é? Me levar para sua casa. Porque não me deixou na Ly?.

Eu estava fazendo tantas perguntas que foi sua vez de fazer uma careta.

- Vocês todos ficaram chapados, Erick precisava buscar as crianças e a casa tava cheia de noias, e eu te trouxe para cá porque você dormiu e me agarrou como um carrapato, nem mesmo Gaspar consegui te soltar para levar embora.

Ele diz pegando seu celular do chão.

- Ótimo agora meu amigo acha que fui assassinado.- Ele diz lendo algo no mesmo.

- Cadê minhas coisas?.-Pergunto olhando em volta e ele aponta para uma cadeira.- Da próxima vez corte a parte do tecido a qual estou grudada.

- Não terá próxima vez, você acha que eu te queria aqui?.- ele pergunta sério.

- Nem eu queria estar aqui, seria maravilhoso não ter que te ver novamente Oziel Pellegrini.- Digo fazendo uma careta de nojo.

- Digo o mesmo Cecília.- Ele diz cruzando os braços no peitoral.

- Idiota.- Digo me virando em direção a porta.

- Você sabe que eu sou juiz e posso te prender por desacato.- Ele diz erguendo o queixo.

- E eu te denuncio por sequestro.- Digo o encarando.

- Não foi nada disso que aconteceu!.- Ele parece mais puto agora.

- Eu não tô nem aí, não confio em você.- Digo tentando abrir a porta, estava trancada para minha sorte.

- Está trancada burra.- Ele diz dando um sorriso de lado.

- Eu percebi idiota, abre logo.- Ordeno com a minha voz de mandona.

- Eu vou mandar te prender, sua abusada.- Ele diz pegando as chaves do bolso.

Reviro os olhos e saio do caminho deixando o abrir, saio sem dizer nada apenas ando o mais rápido possível até o portão e solto todo o ar que estava preso no meu pulmão, peço um uber.

[...]

- Onde você estava?.

Ouço aquela maldita voz assim que atravesso a porta e sem dar a menor explicação me tranco no meu quarto, ouço o barulho do seus murros na porta, as lágrimas começam a descer.

- Isso vai acabar.- digo para mim mesma me jogando na cama.

O barulho parou, estava somente eu e meu mundo inteiro no meu quarto, pego meu livro e colo meus fones, procuro meus óculos por todo canto mas não encontro em nenhum canto.

Droga esqueci na casa do idiota.

Não iria precisar, já li tantas vezes esse livro que até já decorei as folhas, as frases, definitivamente tudo.

Eu amava ficar aqui, no meu mundo particular.

🐯🐯🐯

Espero que tenham gostado desse pov gente.
Se eu sumir é porque estou escrevendo, pra soltar mais de uma.
Beijinhos.💋
Me digam se gostaram ?

O SEGREDO DO JOGO ♟Where stories live. Discover now