Capítulo 22: O porão

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    Ninguém estava esperando que uma desgraça enorme como essa ia acontecer. Como Sr.Oliver podia ser o assassino?
    Faz tempo que ele fazia parte da polícia, então por que as mortes estavam acontecendo agora do nada?
Com certeza isso tinha alguma ligação com os rostos sorridentes. Passei um tempo no Hospital por causa da minha mão, Quando saí, infelizmente o enterro de Rose aconteceu, e também o de Felipe.
     Nunca mais vi Marcos, nem Julia. Ainda estávamos nos recuperando ainda. Sr.Oliver ainda estava foragido, as vezes eu penso como a polícia da minha cidade é patética. Voltei para casa, e com minha mãe, fui para o cemitério para acender uma velas, e rezar um pouco. Depois que Rezamos, andei pelas lápides olhando os nomes, Muitos nome desconhecidos, até que vi o nome Sandra, Fiquei sabendo que a Mãe de Felipe acabou comentendo suicídio depois que soube da morte do filho.
    Quando sai do cemitério, vi uma coisa, parecia um desenho feito a giz, um rosto sorridente. Cheguei em casa tremendo de raiva, não sabia o certo o que estava sentindo na verdade, então peguei o caderno e vi o desenho, tinha alguma coisa na cabana, com certeza um porão, não estava pensando direito, pois acabei decidindo ir na cabana sozinho de novo. Infelizmente fui perceber o que estava fazendo quando estava na metade do caminho, fui voltar para casa, mas então ouvi alguém andando  pela mata. Corri e subi na primeira árvore que vi, me encolhe e pensei:
   - Será que é o Sr.Oliver?
Mas não era ele, em vez disso, vi uma coisa magra e pálida de andando  pelas folhas, estava andando como um cachorro. Aquilo sumiu do mesmo jeito que apareceu. Quando criei coragem, desci da árvore e andei para casa, mas parece que Aquilo sabia que eu estava lá, pois escutei um barulho enorme vindo de dentro da mata, o mesmo barulho que escutei quando achei a cabana pela primeira vez, uma coisa que parecia um cavalo correndo. Paralisado, não sabia se andava ou corria, pois da última vez, eu tinha bicicleta, mas agora, estava a pé e sozinho. Fechei meus olhos e esperei alguma coisa acontecer, mas nada.
    Quando abri os olhos, quase gritei, tinha duas pessoas na minha frente, não dava para eu ver o rosto deles, mas estavam segurando velas vermelhas. Assim que ia abrir a boca, senti um golpe na minha cabeça e apaguei.
    Minha consciência voltou aos poucos, então percebi que não sabia onde eu estava. Vi um grande círculo desenhado no chão, e muitos, Muitos, muitos nomes escritos na parede. E no centro, um caixão. Eu me levantei, e foi quando percebi que Sr.Oliver estava do meu lado.
    Soltei um grito desta vez, mas ele não fez nada, estava um total silêncio naquela sala. Foi nesse momento que percebi que a sala começou a ficar iluminada de repente. Um círculo de pessoas surgiram, todas com velas vermelhas, no susto, pulei e gritei bem mais alto.
    - Você também escuta eles?
Sr.Oliver falou, parecia estar querendo chorar.
    - Ouvir? - Eu disse.
    - Ouvir quem?
    - Ouvir eles, você também escuta as vozes?
   Olhei para Sr.Oliver, e procurei a porta, e avistei ela. Mas quando tentei passar por ela, S.Oliver me segurou pela perna e falou chorando:
    - Não me deixe aqui sozinho.
Me soltei e corri, vendo uma escada logo depois da porta, enquanto sabia, vi aquelas pessoas se reunindo ao redor do Sr.Oliver, enquanto ele chorava pedindo perdão. Não vi mais nada depois disso.
    Subi as escadas, e acabei saindo de dentro do armário da cabana, e com toda a aflição, corri para casa, e cheguei bem, graças a Deus.
Fui logo contar para minha mãe o que tinha acontecido, mas quando abri a boca pra falar, comecei a tossir repetidamente, não importava o quanto eu tentava, sempre quando falava, não parava de tossir. Tentei até escrever o que eu queria falar, mas quando pegava o lápis, minha mão tremia sem parar, e o lápis caia da minha mão. Saquei na hora o que estava acontecendo.
Procurei o caderno e vi que ele tinha mais uma coisa escrita nele.
Você não pode contar o nosso segredo.
E ao lado dessa frase, um rosto sorrindo.

Continua....

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