Capítulo 13

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--- BRYCE

Quinta - 00:20 AM

O nervoso me consumia por completo, fazia horas que eu tinha trocado as últimas mensagens com a Sarah, ela tinha dito que estava jantando e que infelizmente estava do lado daquele estrume. Tinha mandado mais algumas mensagens para ela, mas ela não me respondeu, o que fez com que o aperto no meu peito aumentasse cada vez mais.

Depois que a Sarah foi para casa dela, o clima ficou meio tenso em casa, todo mundo, até mesmo os novos amigos dela estavam preocupados com ela, então eles resolveram ir embora, e pediram para qualquer coisa chamarmos eles.

Eu não conseguia parar de olhar para o meu celular, estava desesperado esperando qualquer sinal dela. Eu estava no meu quarto, alguns dos garotos provavelmente estariam dormindo ou jogando, mas eu não conseguia fazer nada, a não ser criar teorias sobre o porquê do sumiço dela. Estava tão concentrado desejando mentalmente que ela estivesse bem, que tomei um susto enorme quando o Griffin entrou no meu quarto.

- Bro, a gente pediu comida, vem comer! - eu nem olhei nos olhos dele para falar que não queria - ela deve estar bem Bryce, fica calmo!

- Se ela tá bem porque ela não me responde? - o desespero no meu olhar fez meu amigo sentar do meu lado e me abraçar.

- Não sei cara, mas você ficar nervoso não vai adiantar, agora vem comer - antes que eu protestasse ele continuou - nem adianta falar que não, é uma ordem!

Me dei por vencido e desci com ele, os outros caras já estavam lá, conversando de alguma coisa aleatória, sentei com eles e tentei me distrair com eles, o que até deu certo, mas todo mundo parou de falar quando meu celular tocou. Era ela!

Ligação on

- Sarah! Que bom que você ligou, você tá be... - antes que eu pudesse perguntar alguma coisa ouvi um soluço do outro lado da ligação. Os garotos me olhavam atentamente, tentando entender o que estava acontecendo pelas minhas expressões.

- Bry-bryce... - a voz dela de choro me fez querer chorar junto - e-ele ta-tava a-aqui... - ela mal conseguia falar, os soluços interrompiam sua fala - e-ele ten-tentou! - ela começou a chorar mais desesperada ainda.

- Calma, respira comigo! - conseguia ouvir a respiração falha dela. Enquanto tentava pedir para ela respirar comigo eu subi para o meu quarto, coloquei um tênis, peguei um moletom e a chave do carro - eu estou indo praí eu chego aí em dez minutos, mas fica calma, eu preciso que você respire!

- Vou de-deixar a porta dos fun-fundos aberta! - foi a última coisa que ela disse antes de desligar.

Eu desci correndo, passando pelos meus amigos que tentaram me parar e perguntar o que aconteceu, mas eu só disse que depois falaria com eles. Entrei no carro e comecei a dirigir para a casa dela, devo ter tomado umas 4 multas por conta da alta velocidade, mas nada me importava agora, só minha garota!

Parei o carro e entrei pela lateral da casa, passando pela área externa e entrando pela porta da cozinha que, como ela havia dito, estava aberta. Entrei em silêncio, parecia que todos estavam dormindo, subi as escadas a procura do quarto da Sarah que eu não lembrava direito qual era, mas não foi muito difícil de achar já que assim que parei em frente a porta ouvi o choro dela. Entrei no quarto em silêncio, e ao ver a garota aos prantos perto da janela, abraçada com o joelho, meu coração apertou de uma forma indescritível.

Ela estava tão absorta em pensamentos que nem me ouviu, só foi reparar na minha presença quando eu já estava praticamente do seu lado. Ao sentir que havia alguém ao seu lado ela tomou um leve susto, mas assim que viu quem era, pulou no meu pescoço e despencou a chorar mais ainda. Apertei ela tão forte em meus braços que tive até medo de quebrá-la, mas eu sabia era disso que ela precisava. Ela chorava tanto que a respiração dela estava totalmente descompassada, lhe causando falta de ar.

Surfing in the happinessWhere stories live. Discover now