Capítulo 12

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--- SARAH

Ao sair da casa dos meninos, eu tentei me manter calma, porque não queria que eles ficassem mais preocupados do que eles estavam, mas na realidade eu estava surtando por dentro. Apesar de achar que o babaca do Sebastian não tentaria nada na frente dos nossos pais, eu espero qualquer coisa vindo daquele imbecil.

Assim que cheguei em casa, cumprimentei meu pai que estava na cozinha fazendo o jantar e fui para o meu quarto. Antes de me arrumar para aquela merda que estava prestes a acontecer, eu cumpri o que combinei com o Bryce, avisando tudo que estava acontecendo, falei que já tinha chegado em casa e que aquele idiota ainda não tinha chego.

Depois de tomar um banho e me arrumar, desci para ficar com meu pai, para de alguma forma me sentir mais segura. Assim que meu pai disse que o jantar já estava pronto, a campainha tocou e um arrepio percorreu meu corpo todo, mas tentei agir normalmente.

- Mary! Que bom que chegaram! - meu pai abraçou a mulher e em seguida comprimentou seu filho - Sebastian! É sempre bom te ver!

- Digo mesmo Tio Jack - só a voz dele já me da enjoo, queria ver se meu pai soubesse tudo o que ele me fez para ver se ele seria tão querido assim - você está linda Sah! - ele me deu um beijo no canto da boca e eu continuei imovel, queria vomitar ali mesmo. Ao sentir aquele olhar malicioso sobre meu corpo, a vontade de chorar duplicou, mas engoli minhas lágrimas e fui sentar no sofá junto com os outros.

Depois de alguns minutos na sala conversando, fomos para a mesa, meu pai colocou a comida na mesa, e como um carma do universo sobre mim, o garoto nojento se sentou ao meu lado, com meu pai na frente dele e sua mãe na minha frente.

Estava com meu celular dentro do bolso de trás do meu shorts, senti ele vibrando e abri a mensagem embaixo da mesa, e com uma simples mensagem um sorriso brotou no meu rosto "tá tudo bem pequena? queria poder estar com você para garantir que nada vai acontecer!". A mensagem do Bryce aqueceu meu coração, mas sempre tem alguém para estragar tudo.

- Sarah, com quem está falando? - o Sebastian falou bem alto, com a intenção do meu pai ouvir.

- Um amigo - respondi curta e grossa, e pude ver o olhar do meu pai sobre mim.

- Filha, desliga o celular, vamos aproveitar o jantar! - ele disse de forma carinhosa, mas eu sabia que aquilo era uma ordem - depois você conversa com seus amigos.

Nem sabia o que eles estavam falando, não conseguia prestar atenção em nada, mal conseguia encostar na minha comida, mas tudo sempre pode piorar. Sebastian começou a tocar minha perna, no mesmo instante eu tomei um susto e tentei afastar a mão dele, mas ele segurou forte no meu pulso, apertando o suficiente para me deixar um leve gemido de dor escapar, mas meu pai estava tão entretido na conversa que nem se quer reparou.

Ele soltou meu pulso e começou a subir a mão cada vez mais, em direção a minha calcinha, lágrimas já se acumulavam nos meus olhos, mas eu as segurei e tentei encontrar uma saída, e assim que vi que todos já haviam acabado de comer, eu levantei, com a desculpa de que ia tirar os pratos da mesa. O olhar fuzilante do garoto me fazia tremer, mas o sorriso falso no meu rosto não deixa eu demonstrar isso.

Depois de um longo tempo na mesa comendo a sobremesa e querendo chorar por conta dos toques do menino, a mãe dele se pronuncia.

- Gostaria de tomar uma taça de vinho lá em casa Jack?

- Magina - meu pai educadamente responde - não quero dar trabalho!

- Vamos vai! - a mulher insiste - podemos conversar mais um pouco e assim você também conhece nossa casa nova.

Surfing in the happinessWhere stories live. Discover now