- Bom, já que você insiste nós vamos! - meu pai aceitou e ainda falou que "nós" íamos, na hora minha cabeça já trabalhou em busca de uma desculpa.

- Pai, eu estou com um pouco de dor de cabeça, vou ficar no meu quarto tá bom? - desculpa mais fajuta não existe, mas foi a mais rápida.

- Eu fico aqui te fazendo companhia, Sah! - só podia ser um pesadelo mesmo.

- Agradeço a preocupação Sebastian, mas pode ir com eles, prefiro ficar sozinha.

- É melhor o meu filho ficar aqui com você mesmo - eu queria bater naquela mulher, qual a dificuldade de ficar calada, ir embora e levar a peste do filho junto? - vai que você passa mal, e também assim eu e seu pai podemos conversar mais tranquilos sem crianças!

Dei um sorriso amarelo e me levantei da mesa, deixando meu prato na cozinha, e antes que eu pudesse voltar para a sala, o meu pesadelo personificado resolveu se dirigir a mim.

- Vamos aproveitar bastante sem eles - ele disse segurando forte em meu braço e falando bem baixinho.

Engoli o choro que estava prestes a sair e fui para a sala, sentei no sofá e fiquei esperando eles saírem para eu poder me trancar no meu quarto. Depois de alguns minutos os três vieram para a sala, andando em direção da porta, com o Sebastian logo atrás, antes de sair meu pai disse:

- Não vou demorar muito não meu amor! - depois direcionou seu olhar para Sebastian - qualquer coisa me chama!

O garoto abriu um sorriso descarado e fechou a porta. No mesmo instante eu sai correndo na direção do meu quarto, mas mal dei três passos e eu fui jogada no sofá com peso da garoto em cima de mim.

- Sai Sebastian! Por favor! - minha voz já saia falha por causa do choro, e conforme eu me debatia debaixo dele, ele me segurava com mais força - eu nunca te fiz nada, me solta!

- É melhor você ficar quietinha gatinha - ele me apertava cada vez mais - não quero que ninguém me atrapalhe.

- SOCOR... - antes que eu pudesse terminar de gritar ele colocou a mão na minha boca, e a única coisa que veio na minha mente foi morder ela, e assim que eu fiz ele gemeu de dor e afrouxou um pouco a pegada no meu braço.

Aproveitei um momento de distração e empurrei ele para o lado, consegui levantar com um pouco de dificuldade e saí correndo para meu quarto, entrando e fechando a porta na esperança de tranca-lá, mas fui impedida pelo corpo do menino empurrando a porta com seu peso. Ele conseguiu entrar e logo me jogou na cama, ficando por cima de mim.

- Para de ser marrenta gatinha - ele disse quando se sentou em cima de mim para me manter parada, mas mesmo assim eu tentava ao máximo me debater - eu sei que você me quer, não precisa se fazer de difícil.

- A única coisa que eu quero é que você suma! - ele me olhou desacreditado - ou melhor, que você morra - mal terminei de falar e senti uma ardência no meu rosto.

- Tenta falar assim comigo de novo - ele chegou bem perto mim - dessa vez seus cachorrinhos não estão aqui para te proteger!

Eu já chorava rios enquanto ele beijava meu pescoço, descendo para os meus seios. Cada vez que eu me debatia e tentava empurrar ele, ele me apertava mais, me batendo para eu parar quieta. Já fazia tanto tempo que ele estava beijando meu corpo que eu já nem sabia que era mais possível chorar, mas quando ele começou a descer meu shorts eu comecei a chorar mais ainda, como uma criança que perdeu os pais.

Um segundo antes dele conseguir descer a única peça de roupa que ainda me cobria, ouvimos o barulho da porta de entrada, ele rapidamente saiu de cima de mim, veio perto do meu rosto, apertou com força minha bochecha e disse.

- Se você não quiser que eu mandei machucar seu pai é bom você ficar bem quietinha e não contar para ele o que aconteceu aqui! - eu olhei mais assustada para ele - é isso mesmo que você ouviu gatinha, eu conheço todos os horários do seu papaizinho, então não tente brincar comigo!

Antes dele sair do meu quarto ele me arrastou para dentro do banheiro e fechou a porta, pude ouvir ele fechando a porta do meu quarto, que alguns minutos depois foi aberta pelo meu pai, que encostou na porta do banheiro e perguntou.

- Filha? Sebastian falou que você tinha ido tomar banho, tá tudo bem? - controlei o máximo que pude minha voz e disse:

- Está tudo bem sim, vou sair do banho e dormir! Boa noite.

- Boa noite meu amor!

Logo que ouvi a porta do banheiro sendo fechada de novo desabei a chorar e realmente entrei no banho, me sentia suja, tinha nojo de mim mesma por ele ter me tocado dessa maneira. Quando tinha me acalmado um pouco sai do banheiro e parei em frente ao espelho vendo todas as marcas que aquele escroto tinha feito, eu estava toda vermelha (o que mais tarde resultaria em roxos), com chupões pelo corpo todo e várias marcas de mão, no pescoço e no rosto, onde ela havia batido algumas vezes.

Me troquei e procurei meu celular por todo quarto enquanto o choro voltava cada vez mais intenso, sabia que estava prestes a ter uma crise de pânico e ansiedade ali mesmo, mas eu tinha que me acalmar. Sentei no chão e fiquei controlando minha respiração, ou pelo menos tentando. Voltei a procurar meu celular pelo quarto, eu tinha que falar com quem eu sei que me acalmaria. Ao perceber que eu havia deixado ele na sala, eu sai correndo do meu quarto em direção ao sofá, aproveitei e vi se meu pai realmente estava dormindo, e como eu imaginei, todas as luzes da casa inclusive a do seu quarto estavam desligadas.

Assim que entrei de volta no meu quarto me encolhi no canto perto da janela e liguei para quem eu precisava naquele momento.


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doeu fazer esse cap :(

comentem o que estão achando e deixem a estrelinha por favorr! 

bjoss <33

Surfing in the happinessWhere stories live. Discover now