4. A Última Noite

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Bom dia!

Esse capítulo ficou enorme e tá recheado de emoções!

Espero que gostem e boa leitura❤️

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Estar com uma informação crucial para o mundo era extremamente desconfortável, carregar arquivos de bombas de hidrogênio, com letalidade e poder de destruição muito maior que as de Hiroshima e Nagasaki – que fizeram um baita estrago, aliás – tinha um peso enorme sobre as costas dos dois. A responsabilidade era imensurável, se aqueles documentos caíssem em mãos erradas a humanidade estaria em perigo e carregar aquele fardo era muitíssimo cansativo.

Harry piscou ao fitar o teto branco do quarto, ainda embolado nas cobertas naquela manhã fria em Berlim, era tão cedo que os primeiros raios de sol começavam a banhar a cidade com seu calorzinho, o quarto começava a clarear devido às cortinas fluidas e tudo estava silencioso naquele amanhecer preguiçoso, o único som que ousava quebrar aquela paz era, sem dúvidas, Louis. Ele roncava baixinho no sofá, encolhido no cobertor grosso, seus lábios formavam um biquinho e os cabelos lisos estavam espalhados sobre o seu rosto, que era apoiado em sua mão e Harry se questionou como ele conseguia dormir daquela forma que achava ser tão desconfortável.

Haviam pegado os documentos há uma semana e aquele era o último dia em Berlim, no dia seguinte já pegariam o vôo para Washington e retornariam às suas vidas costumeiras, ele voltaria para sua casa, sua filhinha e para o exaustivo processo de divórcio. Suspirou, os arquivos que estavam dentro de sua fronha pareciam querer engolir sua cabeça com a responsabilidade e tentar dormir em cima de plantas de ogivas nucleares com certeza não era uma boa opção, pois ele estava com insônia desde que pegaram o arquivo. Dormia poucas horas por noite e acordava assustado pensando que algum agente de outro país estava invadindo o quarto. Seu parceiro de missão, porém, dormia tão pesado quanto pedra e a responsabilidade esmagadora parecia só atingir o seu sono.

Mal via a hora de entregar aquilo para o secretário e voltar para a sua vida, estava ansioso para dar um abraço bem apertado em Hailey e encher sua garotinha de beijos. Aquele pensamento o fez sorrir, seu peito quentinho de amor ao pensar em sua filhinha, mal via a hora de pegá-la nos braços e ouvir sua risadinha adorável ao ganhar cócegas. Porém, seu sorriso murchou ao se lembrar do traste, voltar para casa significaria encarar seu marido, o divórcio e acabar com aquele clima gostoso que tinha com Louis em Berlim.

Ah, e ainda havia Louis. Na última semana ficaram mais íntimos, especialmente depois que compartilharam detalhes de sua vida pessoal e do beijo delicioso que tiveram, Harry ainda ficava arrepiado só de lembrar da pegada de Tomlinson, daquelas mãos firmes em seu corpo, o segurando como se sua vida dependesse disso. Beijaram-se mais vezes, com bastante frequência e em alguns momentos os toques evoluíram para algo com maior intimidade embaixo dos cobertores, mas nunca chegaram a transar ou a um contato direto. Apesar de casado, Harry não era tocado daquela forma, há muito tempo que não dava uns amassos e se sentia um adolescente novamente, como se tivesse um namoradinho escondido dos pais que o fizesse revirar os olhos em deleite a cada toque.

Sentia falta daquela atenção e Louis era diferente de todos os outros homens com quem já ficou. Não sabia se era porque Tomlinson claramente gostava dele ou se era por causa de sua saudade de toques, mas ambos tinham uma paixão avassaladora percorrendo suas veias, uma química poderosa que os incendiava ao mínimo toque. Um resvalar de dedos provocava faíscas, um selinho se tornava um beijo urgente em segundos e uma carícia o deixava louco de desejo, arrepiado e ansioso por mais. Louis tinha um sex appeal absurdo que o deixava de pernas bambas com o olhar matador que ele lhe lançava vez ou outra, dizia com tranquilidade que nunca desejou um homem como o desejava, mal via a hora de tê-lo por inteiro em uma noite quente.

Agente Duplo | Larry Stylinson Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt