Maratona 2/5 ✨
Eric
enxuguei o suor que descia pela minha testa com a manga da camisa, Clemente tinha atacado a minha casa, foi tão baixo que eu fiquei enojado.
passei pela porta dos fundos e vi um dos meus seguranças desmaiado no chão
- ei - gritei e me abaixei perto dele balançando seu corpo - ei, acorde
- senhor, senhor - o homem fala abrindo os olhos e segurando meus braços
- onde ela está? - perguntei, ele me encarou - onde ela está? - gritei
- ele a levou - ele falou e eu o soltei
- eram três contra um, eu.. eu não consegui - ele falou e eu o encarei
larguei ele no chão e entrei pela porta dos fundos novamente e encontrei Henri.
- levaram elas - eu falei e ele me encarou
- o que!? - ele perguntou me olhando
- levaram Mayara e Cinthia e o meu bebê - eu falei sentindo meu sangue ferver nas minhas veias
Henri me encarou e eu soltei um suspiro.
- chame Juan, Terry e Matteo - mandei
- estarão a caminho - Henri falou pegando o celular e saindo da sala, passei a mão pelo rosto e me sentei no sofá
prometi que a encontraria, não importa aonde estejam.
Mayara
abri meus olhos e a primeira coisa que eu olhei foi pra baixo, minha barriga continuava grande, meu bebê ainda estava ali; virei minha cabeça pro lado e vi Cinthia desacordada, tentei ir até ela, mas eu estava amarrada em uma cadeira.- Cinthia - chamei ela - por favor, abre os olhos
minha amiga abre os olhos assustada e segue o som da minha voz
- Maya, você ta bem? - ela pergunta me olhando assustada
- eu to bem, so assustada, onde estamos? - pergunto
- eu não sei, não lembro de muita coisa - ela falou
- foi o Clemente, ele sequestrou a gente - eu falei e ela tentou vir até mim
igual eu tinha feito minutos antes tentando ir até ela
- que droga - ela reclamou - como está o bebe? está sentindo ele?
- ele já se mexeu, eu senti - eu falei e ela concordou
- que bom, que bom - ela falou virando o rosto pra examinar o local onde estávamos
o local tinha cheiro úmido, fedia a mofo, eu estava ficando enjoada, mas um barulho do outro lado da porta me despertou, Clemente acompanhado de outros dois homens entraram no quarto.
- ora, ora - Clemente começa e eu o encarei
- o que você quer? - eu perguntei
- como você está afiada, Maya - ele falou se aproximando de mim - naquele dia na boate você não estava assim
- aquele dia eu pensei por baixo, hoje não mais - eu falo abrindo um sorriso pra ele
- vagabunda - ele da um tapa no meu rosto e eu sinto minha bochecha arder, escuto Cinthia comprimir um grito
- chefe, ela está grávida - o outro homem fala
- não me importa - ele ruge pro homem que se encolhe no canto - outra gracinha e você vai se arrepender
sinto meus olhos marejarem, mas expulso a vontade de chorar do meu corpo, o encaro de volta, ele abre um sorriso e sai.
- Maya, por favor, se controle - Cinthia fala
- eu não tenho medo dele - eu falo
- tenha medo pelo seu filho - ela fala e eu a encaro
- certo, você tem razão, foi só a raiva me consumindo
o tempo passou e ninguém mais apareceu, tentei descansar, mas meu estômago roncava de fome, fiquei prestando atenção na porta a alguns metros de mim até o sono me vencer e eu adormecer.
Eric
- você precisa respirar - Henri fala me olhando enquanto eu encarava o mapa da cidade bem na minha frentesolto o ar dos pulmões percebendo agora que estava segurando a respiração.
- vão achar elas, não vão? - encarei o detetive, o policial e o delegado na minha frente
- claro que vamos, sabe a placa do carro roubado? - Terry pergunta
- sei - Henri fala e vai até o detetive com o celular em mãos, mostrando alguma foto ou algo parecido
- não se preocupe, Eric, vamos achá-las - Matteo da tapinhas no meu ombro
- não me peça pra não me preocupar, é minha mulher, meu filho e uma pessoa que eu considero da família que estão em perigo e nas mãos daquele otário - respondo e ele me encara
- o quão difícil isso é, eu não posso nem imaginar, mas, escute - ele falou e se aproximou mais de mim - Clemente não é tão esperto quanto o pai, não duvido que ele as levou pro canto mais previsível que existe
eu assinto com a cabeça e encaro o mapa novamente, eu ja sabia disso, mas nada me tirava da cabeça que, onde elas estivessem, era um lugar sujo e eu não duvidava das intenções de Clemente, não quando fosse para me atingir, dele, eu esperaria qualquer coisa.
- acho que encontrei alguma coisa - Juan falou colocando o tablet na mesa, em cima do mapa, todos se juntaram para ver - o carro fez esse percurso - ele mostrou o percusso do carro pela avenida principal do Rio de janeiro - depois foi abandonado aqui - mostrou uma estradinha que levava para uma estrada rural - então, não deve estar muito longe, as casas nessas estradas não são muitas e, com certeza, um carro diferente chama a atenção dos fazendeiros.
- o que estamos esperando então? - Henri pergunta
- reforço, estamos esperando reforço - eu respondo olhando pro trajeto do carro, a estrada rural e o mapa.
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Vendida para a máfia [concluída]
RomanceMayara Ferreira nunca foi santa, mas sempre foi muito independente, nunca dependeu dos seus pais pra nada, passou numa faculdade pública e arranjou um emprego. Sua mãe nunca foi presente e foi embora quando ela ainda era pequena; seu pai, se entrego...