Século 21 - Nos Tempos Do Imperador

Carnaval - Versão Pedresa

— Eu ainda não consigo acreditar que você vai mesmo sair de top less – Celestina dizia enquanto passava mais um pouco de glitter azul em seu rosto

— Mas o que tem? Vinhemos ao mundo completamente peladas e outra, não vai ser completamente nua. Terá dois adesivos cobrindo e eu levarei meu cardigan verde – Teresa falava dentro do banheiro

O clima estava em festa no Rio de Janeiro, o tão sonhando Carnaval finalmente tinha chegado e com ele novas ideias. Depois de dois anos no meio de uma pandemia, as mulheres finalmente poderiam extravasar do jeito que queria e que mereciam. Naquele dia, nenhuma preocupação cairia nos ombros de Teresa, a professora de História finalmente poderia descansar de suas turmas e fazer qualquer loucura que desse na telha.

— Maria Isabel deve estar tendo um infarto agora, Deus a tenha – Celestina disse após conseguir colocar a tarraxa no brinco

Celestina e Teresa eram amigas desde do colégio, eram completamente inseparáveis e se tornaram a família um da outra em diversos momentos. Teresa tinha escolhido se formar em história, algo que não foi apoiado pelos pais que achavam que a filha deveria ir para medicina ou direito, mas foi muito apoiado pelo amiga. Celestina ao contrário tinha feito publicidade e hoje em dia escrevia para uma revista famosa no Rio de Janeiro, além de estar namorando um editor da revista.

— mamãe odiaria saber que você está chamando o nome de Deus em vão senhorita – Teresa disse rindo enquanto caminhava até á amiga

Teresa possuía apenas algumas mecha presas com uma piranha enfeitada com pedrinhas azuis, os cabelos caídos nas costas e um pouco no colo que era destacado pelo glitter branco que ali tinha. Os seios volumosos por natureza eram escondidos por um cardigan, mas estavam completamente nus revelando o resto do corpo branquelo que a professora possuía. A parte de baixo eram uma calcinha alta azul e não tinha enfeito algum, a atração principal era os seios dela.

— Santa Teresa....– Celestina disse olhando para a amiga — Eles são lindos – Teresa rapidamente caiu na gargalhada com aquelas palavras, Celestina que não entendia o motivo do riso rapidamente proferiu — O que? São bonitos e chamam atenção, você quer o que ?

— Dios mio Celestina, só você mesmo – Teresa falou se recuperando das risadas, a mulher respirou e voltou a sorrir — Acho melhor irmos, mas antes pega as cervejas que eu comprei ontem

— Sim madame – Celestina disse colocando a mão na testa em sinal de soldado, algo que fez Teresa revirar os olhos e soltar uma singela risada

...

— Eu preciso escrever Dumas, aquele filho...– Pedro se controlou colocando o copo de cerveja na boca e bebendo o líquido — O meu assessor quer uma história o mais rápido possível, mas adivinha? EU NÃO TENHO NADA

— É Carnaval Pedro, você arruma inspiração rapidinho meu amigo – Dumas disse bebendo mais um pouco do copo

— Arrume inspiração em uma mulher, chega de pensar em Luísa ou em qualquer outra das suas ex, já já alguma delas enfiam um processo no seu rabo e aí eu quero ver – Caxias disse rindo da cara de chocado de Pedro

— Tudo dará certo Pedro, uma avenida cheia de mulher bonita e cachaça é a melhor coisa no mundo – Tônico disse enquanto olhava o dono do bar colocar mais cerveja na mesa

— Talvez vocês estejam certos

— Nós sempre estamos certos seu palerma de terno – Dumas disse fazendo os outros dois homens rirem, enquanto Pedro destilava raiva para Dumas no olhar — Você é burro, já tem o chifre pra boi só falta o rabinho

— Que pecado Dumas, coitado do chifre do escritor – Tônico disse rindo

Os quatro homens eram amigos à anos, desde da adolescência. Pedro era o escritor do grupo, o sensível que tinha namorado seis mulheres e cinco tinham lhe traído, era cômico se não fosse horrível. Tônico trabalhava em uma revista como um dos editores, Caxias era advogado e as vezes o do diabo, já Dumas era um professor de geografia que quase sempre estava bravo com alguma confusão na escola ou com o próprio governo.